quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Antes que o Ano Acabe

O titulo deste Post e o Post são do Dr. C. Maia, nosso advogado na Causa Aerus x União.
Mas o que descreve vai alem de um caso isolado. Toca fundo o que chamamos de Justiça. A transcrição foi autorizada ao colega Paizote
e a uso no meu Blog para assuntos que falam da fragilidade dos Homens frente aos mistérios da Vida.

ANTES QUE O ANO ACABE

Postado por Maia at 18:29 sob Uncategorized

Ainda o caso Aerus. A União autorizou expressamente o financiamento e o refinanciamento de valores, particularmente da APROPRIAÇÃO INDÉBITA.

II
Em outras palavras, e com o perdão de repetir o tema, é como se um Arruda desses da vida, apanhado com a boca na botija, pedisse AUTORIZAÇÃO da União para devolver em 20 anos o produto dos desvios que pratica. E pedisse 5 anos de carência.

III
A União autorizaria isso? Ora, amigo, já autorizou. E fez isso no caso Aerus. O que foi descontado na folha de pagamento do pessoal da Varig e da Transbrasil foi criminosamente apropriado pelas duas empresas. E essas empresas obtiveram autorização para devolver o produto de seu crime com carência de 5 anos e mais 15 para pagar.

IV
Isso todo mundo já sabe. Mas há uma segunda questão. No primeiro caso, é evidente que houve crime das autoridades públicas que autorizaram esses financiamentos. Esses crimes deveriam ser investigados pelo Ministério Público que, até agora, pelo que se sabe, nada fez em relação a esse aspecto específico.

V
A segunda questão é: o tal “relatório preliminar” do Grupo de Trabalho Interministerial RATIFICA A LEGALIDADE DO FINANCIAMENTO DO PRODUTO DO CRIME. Isso mesmo. Há cerca de dez pessoas que assinam o tal relatório preliminar, e ali, ainda que em relatório preliminar, é dito que não havia ilegalidade no AUTORIZAR CARÊNCIA E FINANCIAMENTO DO PRODUTO DO CRIME.

VI
Onde quero chegar: pode haver um segundo crime aí. Houve o primeiro crime, o de autorizar o financiamento e refinanciamento do produto do crime. E o segundo crime, agora, é a autoridade pública COONESTAR a atuação criminosa dos que o antecederam.

VI
Não é fácil a missão de quem está na área pública. De um lado, deve, sim, defender o Estado com absoluta firmeza. Mas, de outro, essa mesma autoridade, esse mesmo funcionário público é obrigado a cumprir a lei. E a lei determina que, tendo conhecimento de crime, imediatamente o funcionário público o denuncie.

VII
De um lado, o funcionário público deve defender o Estado. Coonestar um crime, no entanto, é defender o Estado? Ignorar que um crime foi praticado é defender o Estado? É claro que não. Se um funcionário público sabe do cometimento de um crime e nada faz, também é criminoso. Ou seja, a suposta defesa do Estado não se faz às custas da lei, mas dentro da lei. A obrigação, pois, é a de defender, sempre, a lei. O funcionário público e a autoridade pública devem, sempre, agir de acordo com a lei. E devem dender o Estado na forma da lei.

VIII
E se não for assim? E se qualquer coisa for usada para defender o Estado? Aí, nesse caso, teríamos uma quadrilha, e não funcionários públicos ou autoridades públicas. Teríamos um bando que se reuniria para combinar como fraudar a lei, como fraudar investigações, como esconder crimes que foram anteriormente cometidos. A síntese é essa: esconder crimes. Cabe ao funcionário público esconder crimes de que tenha conhecimento, ou isso também seria um crime?

IX
Eis aí a questão. Já sabemos de um tipo de crime: as autorizações para financiar e refinanciar dívidas, com carência de 5 anos e prazo de mais 15. Aí há um crime. A dúvida é saber se há outro crime em curso: o de esconder crimes anteriores, o de tomar conhecimento e não agir, o de coonestar o que foi anteriormente feito.

X
Eis a difícil missão do Ministro Chefe da AGU. O tal “relatório preliminar” diz que nada houve. Assim, os diversos Arrudas poderão, doravante, devolver o produto de seus roubos em 20 anos, com carência nos primeiros cinco. Ainda mais: TODAS as patrocinadoras de fundos de pensão estarão autorizadas a praticar a apropriação indébita e devolver com carência e prazo, totalizando 20 anos.

XI
Ou seja, estamos na iminência de assistir ao início de uma nova era na previdência complementar. Se for ratificada a conclusão de que “não houve crime, nem qualquer irregularidade quando do financiamento e refinanciamento do produto do crime de apropriação indébita”, se inicia uma nova era. A partir de então, todas as patrocinadoras estarão com um “habeas corpus preventivo” para descontar nos contracheques e não repassar os valores ao fundo de pensão. Se interpeladas, apresentarão em sua defesa um documento oficial da AGU assinado por cerca de 10 representantes de ministérios.

XII
E aí, então, será a curiosidade: o crime de autorizar o parcelamento na devolução de produto de outro crime se deu em outros governos. Mas o original “habeas corpus preventivo”, a contaminar todo o sistema de fundos de pensão, se daria agora, no governo Lula. E não só em fundos de pensão: se o fruto da apropriação indébita pode ser devolvido a longo prazo e com carência, isso se aplica a tudo. Qualquer desfalquer na administração pública, qualquer desvio de recursos, tudo poderá contar com o mesmo raciocínio: é possível, sim, devolver o fruto do crime em 20 anos, com 5 de carência. Roubemos todos, portanto, será o lema.

XIII
O governo Lula, então, teria o papel mais grave: outros fizeram às escondidas, frente a dois ou três fundos de pensão; agora, tudo é feito às claras, a partir de Grupo de Trabalho Interministerial. Se autorizar a devolução do produto do crime em 20 anos, com 5 de carência, não é problema, temos uma nova regra no País. Todo o meliante, todo o gatuno, todo o corrupto, todo o safado, invocará isso: devolvo em 20 anos, com 5 de carência.

XIV
Claro, isso envolve outras coisas. Envolve, por exemplo, o pedido de abertura de processo administrativo em cada ministério contra quem diz um absurdo desses, contra quem afirma publicamente não ter ocorrido crime quando da autorização do financiamento do fruto da apropriação indébita; o pedido de providências no Congresso, inclusive CPI; o pedido de providências junto à Controladoria Geral da União. E inquérito criminal, também, para que uma hecatombe desse tamanho, onde os crimes dos governos anteriores são multiplicados, não fique impune.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

A man and his mission

Roberto tinha uma missão. Um trabalho e uma missão. Cumpriu os dois com dignidade e valor. Entrou para a Historia recente e está registrado nos Anais do Senado Federal em uma carta lida pelo Senador Alvaro Dias.

Sua filha Katia nos dá os seus momentos finais. Ele é a cruz 1736 ou, mais precisamente, a branca cruz numero 332.

Leiam o que ela postou no Blog do Dr.Maia, nosso advogado da Causa Aerus.


# Kátia em 23 dez 2009 �s 14:10
Dr. Maia e amigos da Varig

Somente hoje tenho alguma condição de escrever.
No dia em que foram colocadas 1735 cruzes em Copacabana meu querido e amado pai ( Roberto ) disse que esperava que a cruz de número 1736 não fosse a dele.
Dois dias depois ele passou mal. Chamamos a ambulância e ao entrar nela ele disse: minha filha, acho que vou ser a cruz 1736. Logo que a porta da ambulância fechou eu tive uma crise de choro. Senti um aperto no coração como nunca senti antes.
Para resumir uma longa e triste história meu pai ficou dois dias no hospital mas para a maior tristeza de minha vida ele não resistiu. Minha vida também acabou naquele momento. O ser humano mais maravilhoso que conheci estava deixando esta vida.
Não conheci e penso que nunca conhecerei uma pessoa tão íntegra, tão pura, tão honesta, tão digna como meu pai. Quem o conheceu sabe disso.
Fiquei um dia e meio sedada. A dor foi demais para mim. Tive uma vontade enorme de morrer junto com meu amado pai. Não sei como vou suportar a ausência dele.
Ele foi tudo para mim. Me ensinou tudo. Como tratar as pessoas, como ser honesta, como jamais prejudicar alguém.
Agora que minha vida ficou vazia fico com algumas perguntas:
Será que o Sr. Rubel Thomas tem a consciência tranquila? Meu pai sempre dizia que o fim da Varig começou quando o Sr. Rubel assumiu a presidência em 1990. Ele foi totalmente incompetente e não soube dirigir a empresa.
Será que o Sr. Odilon Junqueira consegue dormir em paz? Segundo meu pai ele não soube administrar o Aerus e levou o Instituto para o abismo.
Será que os diretores da Varig e do Aerus a partir de 1990 têm consciência que levaram essas empresas à falência e com isso destruiram as vidas de milhares de ativos e aposentados?
Será que o STF, a AGU e outras autoridades de Brasilia sabem que contribuiram e estão contribuindo para o fim das vidas de BRASILEIROS que trabalharam a vida inteira imaginando uma aposentadoria digna estão agora passando até fome?
Será que o presidente Lula sabe que ele poderia ajudar estes BRASILEIROS e está se omitindo?

Desculpem pelas minha palavras duras. Mas eu precisava fazer este desabafo. Meu coração pedia isso. Minhas lágrimas continuarão por muito tempo. Por meu amado pai e pelos muitos colegas dele que ainda sofrerão muito por causa de um governo frio, insensível, que não está se importando com as vidas de tantos BRASILEIROS que hoje estão sendo vítimas de uma das maiores injustiças que já aconteceram neste país."

Já disse o Poeta " ...mas sei, que uma dor assim pungente, não há de ser inultimente..."

23,dezembro 2009, 22:35h.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Auschwitz revisited 2

http://hizi with/09/11/html Auschwitz-revisited.


My recent approach to the tragedy:
Hi----,
as promised, here are my impressions to the manifestation of the SNA.
I put it in my Blog for Twitter staff access.
Maybe that will not be published in blog of (removed), lawyer employed by the SNA for the subject Aerus.

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Hi --------,

Here, ( in your Blog ), the JC Bolognese and Aposentado Aerus Marcos, give us, accurately, the dimention of what is occurring and the possible record of this facts to the History.

I am coming from the meeting convened by SNA for this Monday 16.

We left the headquarters of SNA in the Franklin Roosevelt street, in downtown, and took a short hiking until Santos Dumont Airport, here in Rio. Almost all were old people, may be fifty persons, walking slowly and leading colored bands with phrases demanding actions from Authorities and asking for Justice, as well some slogans.

I was very sorry to see the fight this small group, faithful and diligently, walking slowly to request the authorities the solution of their problems.

They were taken and organized by elements of the Syndicate's direction and a certain moment they passed to me the idea, as they were wearing some yellow jackets, that they were as those Jews who went smoothly and orderly for cremation in Auschwitz`s ovens and similar fields.

That is what we are, a group in extermination, under the command of those who cling to crumbs of life and destroy brothers who have done nothing wrong than to be in an Institution that abandoned them and live under a Government insensitive and full of legal´s reasons to justify this paintstaking extermination.

In the reunion we took after coming back to SNA headquarters, it became clear that without a convincing demonstration from this people who will die, nothing will prevent this genocide.

My heart was full of pain reviewing old companions, tired and beaten by time, white hairs , and that were there only because that meeting and fight was what they had to give to himselves, a rest of dignity, with a faint smile to occult the belief that their lives, from now to the end, would be lives that they could live with the governamental insurance (INSS) that, as all know, do not let you live but only to survive.

But that will not happen.
Before that we will show that these who no longer have anything to lose, will fight for change this state of affairs,that is directed and orchestrated by people who should not be where they are.

Thank you for your reception of our quest in this moment of pain.
We hope to you health and a lot of peace on your heart.

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I should like to inform my companions of struggle , that message.

Kiss,

Marcio.

This is a moment of sadness.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Auschwitz Revisited

My recent approach to a tragedy:
Hi ----,

como prometi, aqui as minhas impressões da manifestação do SNA.

Vou colocar no meu blog para acesso do pessoal do Twitter.

Talvez não saia no Blog do ( removed ), advogado contratado pelo SNA para o assunto Aerus.

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Hi --------,

aqui o JC Bolognese e o Aposentado Aerus Marcos, nos dão com precisão a dimensão do está ocorrendo e o possível registro deste fato para a História.

Estou chegando da manifesação convocada pelo SNA para esta segunda-feira 16.

Saímos da séde na Franklin Roosevelt , no Centro, e fomos em curta caminhada até o Aeroporto Santos Dumont, aqui no Rio. Quase todos idosos, eramos uns cinquenta, caminhando lentamente e levando faixas com pedidos e alguns slogans.

Me deu muita pena ver a luta deste pequeno grupo fiel que há muito faz este movimento de solicitar das autoridades a solução de seus problemas.

Foram levados e organizados por elementos da direção do Sindicato e num certo instante me passaram a ideia, por vestirem umas jaquetas amarelas, que eles eram como aqueles judeus que iam tranquilamente para os fornos crematórios de Auschwitz e campos similares.

É o que somos, um grupo em extermínio, sob o comando dos que se agarram a migalhas de vida e destroem irmãos que nada fizeram de mal além de estarem numa Instituição que os abandonou e sob um governo insensível e cheio de razões jurídicas que os autoriza a este extermínio lento.

Na avaliação que fizemos após volta ao Sindicato, ficou claro que sem uma manifestação contundente dos que vão morrer, nada evitará esse genocídio.

A dor de rever antigos companheiros, alquebrados pelo tempo, de cabêlos brancos, que alí estavam porque só tinham aquilo para lhes dar um resto de dignidade, com um sorriso apagado mal disfaçando a crença de que suas vidas seria, cada vez mais, aquelas que o INSS lhes permitissem viver.

Mas não será assim. Antes disto mostraremos que já não temos mais nada a perder e vamos lutar por mudar este estado de coisas, dirigido e orquestrado por pessoas que não deviam estar onde estão.

Agradeço a acolhida neste instante de dor. Votos de saúde e de muita Paz no seu coração.

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Dou conhecimento aos companheiros de luta.

Beijo,

Marcio.

This is a moment of sadness.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

More Sedona tragedy

I received this e-mail from James.

In this blog it has the correct place. Follow and think.

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Dear Friend,

The lives of the families impacted by the Sedona tragedy have been changed forever. These families deserve to have the questions raised by the tragedy answered as quickly and authoritatively as possible. That is the goal I'm dedicated to achieving.

In the days following the terrible accident, I struggled to respond in the right way. This is the most emotionally wrenching situation I've ever faced, and it's now clear I must dedicate all of my physical and emotional energies to helping bring some sort of closure to this matter. That means helping the authorities and the families get to the bottom of what happened.

I'm committed to devoting all of my time, for as long as it takes, to achieve this goal. For that reason, I'm postponing all the events I had planned for the remainder of 2009. These events will be rescheduled as soon as possible in 2010—once the essential work that must be done on the Sedona tragedy has been completed.

I appreciate your patience and understanding during this difficult time. I will keep you updated regularly as we move forward about our progress and about our plans for rescheduling the postponed events.

Much love and respect,


James Arthur Ray
President/CEO
James Ray International, Inc.

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Psalm 23 is the correct pray, James, in this troubled moment.

Faith.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

The Sedona Disaster

This is a comment that brings some questions:

In Beyond Growth we can find related to Sedona disaster in a native Sweat lodge experiment:


John · 1 week ago
When I first saw the nes article on BBC I googled sweat lodge deaths. Found four instances of people dieing in sweat lodges. All were "New Age" or shamanistic. None were in Native American ceremonies. Oddly, all had 2 people die. One was in Colorado and also had plastic in the lodge. I was just getting ready to go to one when I found out about it.
Sweat lodges are native american ceremonies for prayer, for humility, for healing and gratitude to creator.
What he does is not a "sweat lodge" in that way.
A Mass is a catholic prayer ceremony. Someone charging money to perform a "life transforming Mass" where flagellation takes place to push you beyond your bounds should not be called a mass. You need to be a catholic priest and be trained and everything to conduct a mass.
The catholics have mass and it has a certain purpose and intention and way of doing it.
Same with the sweat lodge. Indians do get angry about people thinking they are imitating their ceremonies, making money off them, stroking their own egos about how they are doing a cool pseudo indian ceremony that they have perverted in a bad way.
Reply1 reply · active 1 week ago

John · 1 week ago
Indians warn not to challenge the stones or the fire and ceremonies, but be humble and respectful with these forces of nature, this is power from creator. If you are using them for the benefit of your fellow man and mother earth and do it freely. No money, no ego, no base purpose (trying to impress anyone, impress women). That is the way you should do it.
You must first learn to do it in a good and kind and humble way. They are not spirits to be conquered, or to follow your "orders" or commands like in some types of magic.
It would be good for more people to respect the sacred ways of Native Americans. I know many many people do. Respect is something we are never done growing in. We realize it deeper as we practice it more. People thinking they know what a sweat lodge is and taking money for it when they aren't delivering what they are selling has a lot of negativity to it I think. If anyone ever charges for a sweat lodge it isn't a real sweat lodge.
Personal growth comes in many forms. Mostly learning from our mistakes. We are just human beings all of us.
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There is a lot of things to be dscussed. We will do in future.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Carlos Eduardo

Na questão do AerusxGoverno, o Blog do Maia produziu os seguintes depoimentos.

Nenhuma palavra é necessária para definir o que se passa em nossos corações.

Somente ler e deixar ir lá para o fundo.


# Carlos Eduardo em 16 out 2009 �s 13:18

Obrigado pelo apoio, sei que este blog não é muro de lamentações, mais depois de saber que o ministro Toffoli iria assumir seu cargo de ministro do stf no dia 23, dia qye eu completo 16 anos, e dia que minha mãe vai estar com o juiz porque perdeu o apartamento para o banco , fiquei revoltado, meu pai trabalhou muito para nos deixar tranquilos, eu com meus estudos, minha irmã tambem, minha mãe tendo onde morar.
Passei natal sem ver meu pai ele voava muito, não tinha meu pai nas festas da escola, ele sempre foi um pai presente, quando estava em casa sua atenção era para a familia.
Uma pessoa honesta cumpridora com seus compromissos, quando meu pai morreu senti tudo acabar, todos meus amigos tinham os pais para ir ao campo de futebol, para converssar, eu não, minha mãe é quem me levava para o futebol, para eu jogar na escolinha , para todos tipos de coisas que se faz com um pai, ela foi minha mãe e meu pai.
Hoje vejo ela nesta tristeza, ela não demonstra, mais esta fraca sem vida, desesperada, não era para estar assim, tinhamos uma vida financeira boa, e derrepente bommm.
Ela nos ensinou que por menos que tiver sempre devemos ajudar o próximo, que não devemos cultivar o ódio ou a raiva, que isto volta para nós mesmo, quando eu coloquei tudo no comentário ela ficou brava, pois disse que eu estava preocupando as pessoas que não mereciam, já tinham problemas de sobra.
Por tudo isso vou ser um grande advogado, para ajudar os injustiçados, vou ser o melhor, para ajudar esta pessoa maravilhosa que nunca nos abandonou, minha mãe a quem eu amo muito e devo minha vida a ela, e doi muito saber que ela espera eu e minha irmã dormir para poder chorar, mais está sempre agradecendo a Deus por tudo, ajudando as pessoas, tirando o pouco que tem, no dia 23 eu só queria de presente nossa dignidade de volta , para ver minha mãe sorrir novamente, com alegria de v iver;
Dr. Maia vou estudar muito vou ser tão bom quanto o Sr. , tenho certeza que o Sr. vai ainda ouvir falar de mim, muita saúde, muita paz tenho certeza que tantas orações o Sr. já esta curado, volte logo e continue assim, a todos muito obrigado, querem me dar um presente? rezem muito para dia 23 o juiz não tirar minha mãe, muito obrigado por tudo fiquem com Deus.

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# Marcio em 16 out 2009 �s 21:43

Hi Dr. Maia,
uma pequena nota para o Carlos Eduardo:
Carlos, muito bom que você vai ser advogado com as ideias que tão bem expressou aqui.
O que posso dizer? Olhe, veja e reveja o filme Filadelfia onde dois advogados estão representados por Tom Hanks e por Denzel Washinton. Preste atenção a cena em que o advogado Denzel Washington, defensor do advogado Tom Hanks, pergunta a ele porque escolheu ser advogado.
A resposta atinge a todos nós e bem mostra como a Justiça, algumas vezes, não todas, pode vir a ser feita por intermedio de um advogado que ame a profissão e se dedique a busca da verdade.
Você já dá provas de que será um deles. Que Deus o ilumine.

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# José Paulo de Resende em 16 out 2009 �s 21:56

Caro Carlos Eduardo…….Deus está ao seu lado e ao lado de sua mãe e irmã.
Confie em Deus.
Esta luta está difícil mas não é impossível para nós.
Continuemos lutando e pressionando o Governo e demais autoridades para que resolvam esta grave situação.
Confie Nele.
Abraços do Paulo Resende.
Fiquem vcs na Paz de DEUS.

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Pela transcrição, agradeço ao Dr. Maia.

E lembre-se, dia 23, dia do Aviador, reze pelo Carlos e por sua mãe.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Blog do Maia

Este comentário foi aprovado, o que me permite divulga-lo.

Você terá meios de encontrar o texto que o originou.

Vá ao Blog, Atualmente tudo é encontrável na Internet.
Já agradeci ao Larry e ao Sergey pela criação do Google.

Este o texto:

Hi Dr.Maia,

agradeço a sua informação. Recebi com a surpresa de todos que o acompanham, ponderei comigo que a tensão da presente luta tinha tido um desenrolar previsível, e muitas outras coisa que se pensa.
Somos todos terminais é o dito correto e é precisamente o que trata o meu http que aparece quando clicam sobre o meu nome em azul. Tudo se resume no tempo de sobrevida. 90 anos, 60 anos, quanto queremos ter de sobrevida, normal ou pós doença? A seguinte questão é: e o que vou fazer com este tempo? As respostas virão e toda a grandeza de uma pessoa se reduzirá à sua resposta.

Me vem a lembrança de seu comentário a uma questão no Blog: “sim, mas Bill Murray só saiu do circulo de horror quando aprendeu a amar”.

Já nos dava uma lição. Continua dando. De repente ficamos muito pequenos…

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terça-feira, 25 de agosto de 2009

Death Twice

The present fight from retired people from a bankrupt company nearing second death due to consistent resistance of old owner to an agreement:
Subject in Newspaper “O Estado de S. Paulo”, 25 of August 2009:

Transcription of Estado de São Paulo Newspaper:



-------------------Note: free translation, not authorized by author-------

Dispute of values arrest accord enter Union and "old Varig"
Govern does not accept proposal of Company, as it wants R$ 4,5 bi to, withdraw judicious interpellation.
Mariana Barbosa

Disputas sobre os valores a serem pagos pela União à velha Varig como ressarcimento por perdas provocadas por planos econômicos do passado estão emperrando as negociações do "encontro de contas", coordenadas pela Advocacia Geral da União (AGU) - o governo também a receber da Varig por impostos não pagos. A expectativa dos cerca de 40 mil credores trabalhistas, aposentados e pensionistas da Varig era de que o acordo fosse anunciado até o final desta semana, antes da decretação do fim da recuperação judicial da velha Varig (rebatizada de Flex), prevista para o final deste mês. Uma fonte próxima às negociações, porém, revela que a AGU não concordou com os valores propostos pela Flex, Aerus e credores trabalhistas, que não querem abrir mão das reivindicações.
Apesar de defender publicamente o encontro de contas e contar com respaldo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da AGU, José Antonio Dias Toffoli, não aceitou o pedido de R$ 4,5 bilhões a R$ 5 bilhões, a serem pagos em 20 anos. O ministro, segundo as mesmas fontes, estaria disposto a liberar algo como R$ 2,5 bilhões a R$ 3 bilhões no máximo.
As negociações para o encontro de contas já duram mais de quatro meses - desde que a União pediu à Flex que retirasse da pauta do Supremo Tribunal Federal (STF), em março, a ação da defasagem tarifária. A Varig ganhou no mérito o direito de receber uma indenização bilionária por conta do congelamento de tarifas entre 1985 e 1992, e a derrota da União no Supremo era dada como certa.
Para fazer o acordo, a AGU impôs como condição que as partes ligadas à Flex - trabalhadores, sindicatos, fundo de pensão Aerus e a própria empresa - desistam de todas as demandas judiciais contra a União. Em uma dessas ações, o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) obteve uma liminar que obriga a União a assumir na integralidade os dispêndios mensais do Aerus, uma conta de cerca de R$ 24 milhões.
Na quinta-feira, a presidente do SNA, Graziella Baggio, protocolou um documento na AGU com alguns esclarecimentos sobre o pleito dos trabalhadores. Graziella argumenta que não há necessidade de a União desembolsar altas quantias de uma só vez. "Sugerimos que não se pague à vista, mas uma quantia anual para cobrir as necessidades do Aerus", diz.
Ela calcula que inicialmente seriam necessários cerca de R$ 290 milhões por ano para custear a folha de benefícios do fundo de pensão, mas que essa conta tenderá a diminuir, dado que não há novos beneficiários e muitos aposentados e pensionistas já estão com idade avançada. Ela diz ainda que a União só precisaria desembolsar a primeira parcela a partir do ano que vem. "Se houver uma garantia de que esses recursos serão pagos em 2010, você tem como voltar hoje a pagar as pensões integralmente, com a venda de alguns ativos líquidos do fundo", afirma. "Não precisa liberar R$ 5 bilhões de uma vez."
Além da parte que diz respeito ao Aerus, Graziella calcula que seriam necessários mais R$ 400 milhões a R$ 600 milhões para pagar dívidas trabalhistas.
Flex pode voltar a antigo controlador

Flex pode voltar a antigo controlador
Fundação Ruben Berta deve reassumir controle da empresa
Até o final deste mês, a Flex (velha Varig) deve sair da tutela da Justiça e voltar ao controle da Fundação Ruben Berta (FRB). Esse cenário poderá atrapalhar ainda mais as negociações do encontro de contas. O fim da recuperação judicial também poderá colocar a companhia, que hoje tem só um avião, usado em voos fretados, mais perto de uma falência.
"Aproxima-se o momento final da recuperação", afirmou, na semana passada, o juiz Luiz Roberto Ayoub, titular da primeira vara empresarial do Rio de Janeiro e responsável pelo caso Varig. O juiz não quis estabelecer prazos, mas segundo fontes ligadas ao processo ele tem dito a interlocutores que até o dia 31 de agosto o processo estará encerrado, com ou sem encontro de contas.
A Fundação Ruben Berta, acionista controladora da velha Varig, foi afastada da gestão da companhia durante a recuperação judicial. O eventual cenário de volta da FRB é temido por todas as partes empenhadas no sucesso da negociação com a União. "A volta da FRB pode ser um elemento complicador nas negociações do encontro de contas", avalia Ayoub. "A negociação não é fácil e, neste momento, o ideal é que não haja mudança", afirma Aubiérgio Barros de Souza Filho, interventor da Secretaria de Previdência Complementar no Aerus.
Para a presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Graziella Baggio, se as negociações forem parar nas mãos da FRB, "a chance de o acordo não sair é enorme". Ela afirma que, no passado, antes de a Varig entrar com pedido de recuperação judicial, a fundação "rejeitou duas vezes a ajuda do governo ao se recusar a abrir mão do controle".
O juiz Ayoub garante que a volta da fundação não implicará riscos em relação ao cumprimento do acordo ou do plano de recuperação. "O dinheiro é carimbado e a mim compete homologar e monitorar o cumprimento do acordo." A reportagem tentou entrar em contato com o presidente da FRB, César Cury, mas não foi atendida.
Graziella explica que a falência é pior para o trabalhador que votou a favor do plano de recuperação, pois nesta condição ele receberá menos do que o previsto no plano. A falência poderá implicar também no fim da prioridade no recebimento de crédito hoje desfrutada pelo Aerus, detentor de garantias.
Se as negociações para o encontro de contas não avançarem, a empresa poderá falir por falta de fôlego financeiro. Nos últimos 45 dias, a empresa demitiu quase 10% dos funcionários e se prepara para cumprir ordem judicial que a obriga a devolver para a Infraero o conjunto de prédios históricos da velha Varig no aeroporto Santos Dumont.
A nova sede da Flex ficará na Ilha do governador, onde está localizado o Centro de Treinamento de Pilotos e Comissários da empresa. A companhia, porém, também não tem recursos para fazer a mudança.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A Whiter Shade Of Pale

Hear and watch that after copying and
opening in you browser

http://www.youtube.com/watch?v=PbWULu5_nXI

Sing that

Um tom mais claro de palidez

We skipped the light Fandango... Dançamos um fandango suave
Turned cartwheels 'cross the floor... E fizemos piruetas no salão
I was feeling kind of seasick... Eu estava me sentindo meio enjoado
But the crowd called out for more... A multidão pediu mais
The room was humming harder... O salão estava zunindo mais forte
As the ceiling flew away... E o teto se distanciou
When we called out for another drink... Quando pedimos um outro drink
The waiter brought a tray... O garçom trouxe uma bandeja

And so it was that later... E foi assim que mais tarde
As the Miller told his tale... Enquanto o moleiro contava sua história
That her face, at first just ghostly... Que seu rosto a princípio,apenas fantasmagórico
Turned a whiter shade of pale... Transformou-se em um tom mais claro de palidez

She said there is no reason... Ela disse "Não há motivo"
And the truth is plain to see... E a verdade é simples de se ver,
But I wandered through my playing cards.. Mas eu divagava pelas minhas cartas
do baralho
And could not let her be... E não poderia deixá-la ser
One of the sixteen vestal virgins... Uma das dezesseis virgens puras
Who were leaving for the coast... Que estavam partindo para a costa
And although my eyes were open... E embora meus olhos estivessem abertos
They might just as well've been closed... Eles tam.bém podiam ter ficado fechados

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

EXTREMA COMPETÊNCIA

"Não te amo mais.
Estarei mentindo dizendo que
Ainda te quero como sempre quis.
Tenho certeza que
Nada foi em vão.
Sinto dentro de mim que
Você não significa nada.
Não poderia dizer jamais que
Alimento um grande amor.
Sinto cada vez mais que
JÁ TE ESQUECI!
E jamais usarei a frase:
EU TE AMO!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade:
É tarde demais..."

(Clarice Lispector)

Read the poem normal way (downward) and after that read it upward.
Choose the best one. Depends of your mood.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

The whiter shade of pale

We skipped the light fandango
Turned cartwheels cross the floor
I was feeling kinda seasick
But the crowd called out for more
The room was humming harder
As the ceiling flew away
When we called out for another drink
The waiter brought a tray

And so it was that later
As the miller told his tale
That her face, at first just ghostly,
Turned a whiter shade of pale
She said, there is no reason
And the truth is plain to see.
But I wandered through my playing cards
And would not let her be
One of sixteen vestal virgins
Who were leaving for the coast
And although my eyes were open
They might have just as wellve been closed
She said, Im home on shore leave,
Though in truth we were at sea
So I took her by the looking glass
And forced her to agree
Saying, you must be the mermaid
Who took neptune for a ride.
But she smiled at me so sadly
That my anger straightway died

If music be the food of love
Then laughter is its queen
And likewise if behind is in front
Then dirt in truth is clean
My mouth by then like cardboard
Seemed to slip straight through my head
So we crash-dived straightway quickly
And attacked the ocean bed

Para Celeste

PARA CELESTE
Published by Maia at 2:18 pm under Geral


Poema de Natal

Vinicius de Moraes

Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos –
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.

Assim será a nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos –
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.

Não há muito que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez, de amor
Uma prece por quem se vai –
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.

Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte –
De repente nunca mais esperaremos…
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.

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Vá ao Blog do Maia . Chame por este título no Google: ele é o primeiro que aparece.
Abra-o e você entenderá. Se tivesse um fundo musical seria aquele que você sabe de cor, do João Bosco e Aldir Blanc, com versos a dizer "...Mas sei, que uma dor assim pungente, não há de ser inultilmente..."
Dona Celeste, com este nome, já fazia um pouco do céu aqui na terra.E nos fez ser melhores.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Martha Medeiros, again

Recebi um e-mail com anexo. Anexo de um PPS. Nele uma cronica de Martha Medeiros, ela, a Martha, que foi quem deu origem a este Blog. O assunto é muito do Blog pois retrata uma fase da vida que chamo de prestar atenção, falta pouco tempo e não dá para fazer tudo, logo, separa, escolhe e faz o mais importante.
O PPS é muito bom. Tem My Way com Frank Sinatra.Foto de Cora Carolina. Mas o mais importante são as palavras de Martha Medeiros. Que coisa. Como pode escrever tão bem, dizendo tudo que é preciso dizer?
Reproduzo, após localizar a cronica atravéz do SEO dos rapazes "que mudaram as nossas vidas".

Sábado, 2 de Maio de 2009
Morrer em vida é fatal
MARTHA MEDEIROS


Nunca esqueci de uma senhora que, ao responder por quanto tempo pretendia trabalhar, respondeu com toda a convicção: “Até os 100 anos”. O repórter, provocador, insistiu: “E depois?”. “Ué, depois vou aproveitar a vida”.
É de se comemorar que as pessoas aparentem ter menos idade do que realmente têm e que mantenham a vitalidade e o bom humor intactos – os dois grandes elixires da juventude. No entanto, cedo ou tarde (cada vez mais tarde, aleluia), envelheceremos todos. Não escondo que isso me amedronta um pouco. Ainda não cheguei perto da terceira idade, mas chegarei, e às vezes me angustio por antecipação com a dor inevitável de um dia ter que contrapor meu eu de dentro com meu eu de fora.
Rugas, tudo bem. Velhice não é isso, conheço gente enrugada que está saindo da faculdade. A velhice tem armadilhas bem mais elaboradas do que vincos em torno dos olhos. Ela pressupõe uma desaceleração gradativa: descer escadas de forma mais cautelosa, ser traída pela memória com mais regularidade, ter o corpo mais flácido, menos frescor nos gestos, os órgãos internos não respondendo com tanta presteza, o fôlego faltando por causa de uma ladeira à toa, ainda que isso nem sempre se cumpra: há muitos homens e mulheres que além de um ótimo aspecto, mantêm uma saúde de pugilista. A comparação com os pugilistas não é de todo absurda: é de briga mesmo que estamos falando. A briga contra o olhar do outro.
Muitos se queixam da pior das invisibilidades: “Não me olham mais com desejo”. Ouvi uma mulher belíssima dizer isso num programa de tevê, e eu pensei: não pode ser por causa da embalagem, que é tão charmosa. Deve estar lhe faltando ousadia, agilidade de pensamento, a mesma gana de viver que tinha aos 30 ou 40. Ela deve estar se boicotando de alguma forma, porque só cuidar da embalagem não adianta, o produto interno é que precisa seguir na validade.
Quem viu o filme Fatal deve lembrar do professor sessentão, vivido por Ben Kingsley, que se apaixona por uma linda e jovem aluna (Penélope Cruz) e passa a ter com ela um envolvimento que lhe serve como tubo de oxigênio e ao mesmo tempo o faz confrontar-se com a própria finitude. No livro que deu origem ao filme (O Animal Agonizante, de Philip Roth), há uma frase que resume essa comovente ansiedade de vida: “Nada se aquieta, por mais que a gente envelheça”.
Essa é a ardileza da passagem do tempo: ela não te sossega por dentro da mesma forma que te desgasta por fora. O corpo decai com mais ligeireza que o espírito, que, ao contrário, costuma rejuvenescer quando a maturidade se estabelece.
Como compensar as perdas inevitáveis que a idade traz? Usando a cabeça: em vez de lutarmos para não envelhecer, devemos lutar para não emburrecer. Seguir trabalhando, viajando, lendo, se relacionando, se interessando e se renovando. Porque se emburrecermos, aí sim, não restará mais nada.
Postado ZERO HORA online - 02/05/2009

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Do Pai de um Aviador

De vez enquando um aviador parte e é lembrado. Este é lembrado por um pai num contexto muito especial e traz para nós muitas reflexões. Pela transcrição não autorizada, a minha homenagem.



" Jornal O Globo, dia 10 de junho de 2009

Roberto DaMatta

Em torno do progresso e do sofrimento.

O lema “ordem e progresso” cabe bem nas bandeiras, mas a vida seria mais bem descrita pelo laço entre progresso e sofrimento. Pela progressão que julgamos cumulativa, satisfazendo velhos desejos e inventando novos projetos, e a perda e a dor decorrentes das frustrações que, volta e meias, escapam das malhas das conquistas tecnológicas que nos acompanham revelando que o mundo, não sendo mesmo como gostaríamos que ele fosse, tem uma estranha espessura.

Circunstâncias não previstas ligaram-me ao mundo dos aviões e dos aeroportos. Tive um filho que morreu uma morte não anunciada nem esperada junto com a sua amada Varig no derradeiro dia de suas férias. Diante da morte, ele não teve aqueles sinais que vão dos sintomas resistentes aos remédios caseiros, até a contrariada consulta ao médico, a surpresa quando se constata a doença grave ou incurável, a internação e, finalmente, o inominável divorcio, como cadáver ou cinza, daqueles que amorosa e exultantemente o trouxeram a este mundo, agora transformado e vivido como um vale de lágrimas. Mas teve, sem dúvida, como ele bem pressentia, o abandono de um governo que sequer cogitou considerar uma gigantesca dívida para com a sua companhia ou os dinheiros do fundo de pensão dos seus trabalhadores para salvá-la de si mesma. Atitude que tem sido sistematicamente negada quando se observa o modo como o qual o governo federal trata dos sindicatos e os movimentos sociais debaixo de suas asas. Como todos aqueles que perderam seus entes queridos de uma hora para a outra, e como pai de um aviador e não mero piloto, como eram estes nobres comandantes do Airbus que sumido em algum lugar de um oceano que julgávamos mapeado e portanto conhecido, eu sinto uma enorme revolta contra aquilo que um lado meu vai morrer perguntado ao outro sem jamais ter uma resposta: se o lula tivesse tido mais consideração ou “cuidasse” melhor da Varig, eu estaria com meu filho ao meu lado? Estariam sua mulher e seus filhos gozando da energia protetora do marido e do pai dedicado para prover-lhes segurança e dar-lhes carinho e amor?
Sorte dos que, por meio de alguma ideologia política, econômica ou religiosa, explicam os acidentes e as incertezas. Que respondem ao “porque” aquela pessoa ou grupo cumpriu o trágica destino da morte sem aviso. Viver num universo deslindado pelas leis da História, do mercado ou protegido por um Deus onipotente, ou dinamizado por espíritos e vontades que tudo governam, é mais tranquilo do que receber a bofetada do caos e da desordem promovida pelo infortúnio da magnitude desse acidente com o avião da Air France. Receber a pancada e manter-se de pé, certo de que é justamente este brutal encontro com a transitoriedade que nos torna verdadeiramente humanos, é, no entanto, para alguns, a mais honrosa prova de amor à vida. É o teste crucial de que ela pode ser mesmo vivida com o amor que nada pede, nem mesmo a sua justificativa, ou o seu mérito porque como se diz, inspirado por São Paulo e Thornton Wilder, no amor nossos erros não duram muito.
A aceitação da impossibilidade de tudo saber e controlar é o que permite -- ao lado da lira, dos livros e do riso – pôr a morte acidental no seu devido lugar. É mais uma prova terrível porque irreversível de que somos seres da finitude e, portanto, da relação, da piedade e do amor. Não porque ofendemos os deuses ou porque um chefe de Estado pequeno prefere os amigos ao equilíbrio ético; mas porque não esquecemos a espessura do mundo. Daí a força deste abraço que trocamos no fracasso, na injustiça, no acidente e na morte. Daí essa consciência de ressurreição quando um fato extraordinário nos obriga, como esse acidente, a viajar para dentro de nós mesmos na busca de um renascimento que é a fonte de toda a vida que deseja ser vivida na verdade, na dignidade e no amor. Porque a fonte da vida social é esse amor humano – finito e fugaz – que está sempre dizendo adeus, e que sempre diz menos (ou mais) do que deveria. É precisamente na consciência da falha que estão a orgulhosa consciência e o sábio alento que tangem esse nosso mundo sempre sujeito a acidentes e injustiças. Esse universo construído pela mortalidade, pela feiúra, pelos enganos e pelas injustiças, mas dotado de uma abençoada transitoriedade. Único mundo que pode mesmo ser apaixonadamente amado e que, por isso, vale a pena ser vivido.
O trágico vôo 447 leva-me a repensar a equação entre progresso e sofrimento. A questionar a linearidade tradicional, essencializada em lógica e tida como natural, segundo a qual o progresso inevitavelmente ordena: a razão produz controle; e a união entre progresso e racionalidade acabaria com a dor do mundo. Fé difícil de abraçar hoje em dia., quando não são religiões ou ideologias anticapitalistas, mas um óbvio desastre ecológico que mostra como a ideia de progresso sem limites tem legalizado a destruição do planeta. Curioso observar como numa dezena de anos a tecnologia, que consagrava a dominação dos outros povos pelo Ocidente iluminado, passou de remédio a veneno. E como um trágico acidente nos traz de volta a vida representada como um real, embora esquecido, vale de lágrimas. Basta viver a incerteza para reavivar a nossa fragilidade e expor uma imensa nostalgia daquele pensamento selvagem recheado de deuses e magia que era a prova mais cabal das trevas, primitivismo e ignorância.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Eternidade

Recebido por e-mail:


SAUDADE: Definiçao

Artigo do Dr. Rogério Brandão
Médico oncologista clinico

No início da minha vida profissional, senti-me atraído em tratar
crianças, me entusiasmei com a oncologia infantil. Tinha, e tenho
ainda hoje, um carinho muito grande por crianças. Elas nos enternecem
e nos surpreendem como suas maneiras simples e diretas de ver o mundo, sem meias verdades.

Nós médicos somos treinados para nos sentirmos "deuses". Só que não o
somos! Não acho o sentimento de onipotência de todo ruim, se bem
dosado. É este sentimento que nos impulsiona, que nos ajuda a vencer
desafios, a se rebelar contra a morte e a tentar ir sempre mais além.
Se mal dosado, porém, este sentimento será de arrogância e
prepotência, o que não é bom. Quando perdemos um paciente, voltamos à planície, experimentamos o fracasso e os limites que a ciência nos
impõe e entendemos que não somos deuses. Somos forçados a reconhecer nossos limites!

Recordo-me com emoção do Hospital do Câncer de Pernambuco, onde dei meus primeiros passos como profissional. Nesse hospital, comecei a
freqüentar a enfermaria infantil, e a me apaixonar pela oncopediatria.
Mas também comecei a vivenciar os dramas dos meus pacientes,
particularmente os das crianças, que via como vítimas inocentes desta
terrível doença que é o câncer.

Com o nascimento da minha primeira filha, comecei a me acovardar ao
ver o sofrimento destas crianças. Até o dia em que um anjo passou por
mim.

Meu anjo veio na forma de uma criança já com 11 anos, calejada porém
por 2 longos anos de tratamentos os mais diversos, hospitais, exames,
manipulações, injeções, e todos os desconfortos trazidos pelos
programas de quimioterapias e radioterapia.

Mas nunca vi meu anjo fraquejar. Já a vi chorar sim, muitas vezes, mas
não via fraqueza em seu choro. Via medo em seus olhinhos algumas
vezes, e isto é humano! Mas via confiança e determinação. Ela
entregava o bracinho à enfermeira, e com uma lágrima nos olhos dizia:
faça tia, é preciso para eu ficar boa.

Um dia, cheguei ao hospital de manhã cedinho e encontrei meu anjo
sozinho no quarto. Perguntei pela mãe. E comecei a ouvir uma resposta
que ainda hoje não consigo contar sem vivenciar profunda emoção.

Meu anjo respondeu:
- Tio, disse-me ela, às vezes minha mãe sai do quarto para chorar
escondido nos corredores. Quando eu morrer, acho que ela vai ficar com muita saudade de mim. Mas eu não tenho medo de morrer, tio. Eu não
nasci para esta vida!

Pensando no que a morte representava para crianças, que assistem seus
heróis morrerem e ressuscitarem nos seriados e filmes, indaguei:
- E o que morte representa para você, minha querida?
- Olha tio, quando agente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama do
nosso pai e no outro dia acordamos no nosso quarto, em nossa própria
cama não é?
(Lembrei minhas filhas, na época crianças de 6 e 2 anos, costumavam
dormir no meu quarto e após dormirem eu procedia exatamente assim.)
- É isso mesmo, e então?
- Vou explicar o que acontece, continuou ela: Quando nós dormimos,
nosso pai vem e nos leva nos braços para o nosso quarto, para nossa
cama, não é?
- É isso mesmo querida, você é muito esperta!
- Olha tio, eu não nasci para esta vida! Um dia eu vou dormir e o meu
Pai vem me buscar. Vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira!

Fiquei "entupigaitado" . Boquiaberto, não sabia o que dizer. Chocado
com o pensamento deste anjinho, com a maturidade que o sofrimento
acelerou, com a visão e grande espiritualidade desta criança, fiquei
parado, sem ação.

- E minha mãe vai ficar com muitas saudades minha, emendou ela.
Emocionado, travado na garganta, contendo uma lágrima e um soluço,
perguntei ao meu anjo:

- E o que saudade significa para você, minha querida?

- Não sabe não tio? Saudade é o amor que fica!

Hoje, aos 53 anos de idade, desafio qualquer um dar uma definição
melhor, mais direta e mais simples para a palavra saudade: é o amor
que fica!

Um anjo passou por mim...

Foi enviado para me dizer que existe muito mais entre o céu e a terra,
do que nos permitimos enxergar. Que geralmente, absolutilizamos tudo
que é relativo (carros novos, casas, roupas de grife, jóias) enquanto
relativizamos a única coisa absoluta que temos, nossa transcendência.

Meu anjinho já se foi, há longos anos. Mas me deixou uma grande lição,
vindo de alguém que jamais pensei, por ser criança e portadora de
grave doença, e a quem nunca mais esqueci. Deixou uma lição que ajudou
a melhorar a minha vida, a tentar ser mais humano e carinhoso com meus
doentes, a repensar meus valores.

Hoje, quando a noite chega e o céu está limpo, vejo uma linda estrela
a quem chamo "meu anjo, que brilha e resplandece no céu. Imagino ser
ela, fulgurante em sua nova e eterna casa.

Obrigado anjinho, pela vida bonita que teve, pelas lições que
ensinastes, pela ajuda que me destes.

Que bom que existem saudades!
O amor que ficou é eterno.

sexta-feira, 20 de março de 2009

STEVE JOB´s Terminal and Eternal

Você comhece atravez da Internet a transcrição deste discurso de Steve.
Aqui você o tem atravez de imagens, sem som mas com legendas em portugues.
Ienteressante que isto me leva até Louise L. Hay. Não é o fato que eles existam, mas o fato que nós esbarramos neles. Há um porque em todas as coisas. Veja( copie e abra):

http://video.google.com/googleplayer.swf?docid=-3827595897016378253&hl

e tire suas conclusões toda vez que você observr uma garota com um iPòd preso na sua alma.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Para que servem as relações

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http://www.mulherdeclasse.com.br/ParaQueServeUmaRelacao.htm