terça-feira, 28 de agosto de 2012

Uma Longa Caminhada VI

=========================================== fev 08 2011 -------------------------- BOLETIM DO SNA------------------------- Postado por Maia at 18:51 sob Uncategorized ----------------- Fonte: Boletim do Sindicato Nacional dos Aeronautas ---------------------------------------------------------------------------------- O ano de 2011 começou e o SNA e a Fentac continuam insistindo na busca de um acordo que venha atender aos interesses dos aposentados, pensionistas do grupo Varig, Vasp e Transbrasil, “dos ativos” e do passivo trabalhista. Não desistimos dessa luta! Fomos surpreendidos com o não julgamento do processo dos sindicatos, que está sob os cuidados do Dr. Maia, na 14ª Vara de Brasília, apesar de estar incluído no Projeto Meta 2 (com prioridade de julgamento) em 2010, fato que não ocorreu. Além disso, o juiz da causa foi convocado para o Tribunal e ainda estamos aguardando a indicação oficial do juiz substituto para dar continuidade ao processo, apesar do ultimo movimento do dia 27/01, que abre prazo para os patrocinadores do fundo Aerus se manifestarem, e das ultimas movimentações jurídicas. Enquanto isso, no inicio de 2011 a AGU (Advocacia Geral da União) solicitou e pediu vistas ao processo – recurso na ação de defasagem tarifária – que corre no STF. Esse movimento causou preocupação a muitos, mas é absolutamente normal e pode ser positivo. Precisamos lembrar que muitos fatos jurídicos ocorreram durante o ano de 2010, como, por exemplo, a falência da Varig e movimentos no caso de falência da Transbrasil, que mudaram completamente as prioridades no caso de um acordo. Portanto precisamos nos manter alerta e unidos em um único objetivo que é a solução definitiva. O Aeros, que desde o início da liquidação do plano não distribui mensalmente antecipação de reserva aos seus 330 participantes aposentados e pensionistas, fez mais um rateio de reservas no inicio de 2011. Com relação à ação dos sindicatos referente ao plano Aeros, que também está sob os cuidados do Dr. Maia em Brasília, lamentavelmente a juíza do caso está de licença maternidade até março de 2011 e a falta de juiz substituto não permitiu um maior e melhor desdobramento jurídico da ação. Enfim, as duas ações têm tido todo o acompanhamento jurídico necessário. Por estas e outras, os sindicatos insistem e buscam convencer e sensibilizar as autoridades da necessidade de um acordo justo para todos. A demora e as dificuldades junto ao Judiciário têm sido um grande desafio e é nossa maior preocupação. Mais do que nunca as entidades sindicais continuam empenhadas e em contato com as autoridades dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário em busca da solução definitiva para todos os participantes. Não podemos esmorecer!!! Fique atento aos boletins do SNA! 20 respostas até o momento --------------------------------------------------------------------------------- # marcio6067em 08 fev 2011 �s 23:13 Hi Dr. Maia, aguardamos o desenrrolar dos acontecimentos. Será um ano longo. Votos de Paz e Saúde Sempre. -------------------------------------------------------------------------------- =================================================================================== fev 10 2011 ------------------------------ JUÍZA RESPONDE PELA 14ª VARA FEDERAL DE BRASÍLIA ---------------------------Published by Maia under Uncategorized ------------------------------------------------------------------------------------ Conforme comentado anteriormente, o Juiz Federal titular da 14ª Vara Federal de Brasília, onde tramita a ação civil pública que beneficia os participantes do Aerus, foi convocado para o TRF. O Dr. Jamil Rosa de Jesus Oliveira, portanto, está atuando como desembargador federal. O Juiz Federal Substituto daquela Vara, segundo a organização adotada, Doutor Roberto Luís Luchi Demo, atua apenas sobre os processos de final ímpar. O processo que originou a conexão da ação civil pública no caso Aerus era de final par e, portanto, de responsabilidade do juiz titular. No dia de ontem, quarta-feira, foi confirmado que a Juíza Federal Doutora Ana Paula Martini Tremarin passará a responder pelos processos que até agora estavam sob a responsabildiade do Dr. Jamil, ou seja, do Juiz Federal titular da 14ª Vara. A partir de agora, portanto, há Juiz Federal destacado para a 14ª Vara, e será o responsável, pelo menos até o mês de agosto, pela condução da ação civil pública do Aerus. Evidentemente, é o primeiro passo para que o processo volte a caminhar. Força e esperança porque as coisas voltaram a andar. 44 responses so far ---------------------------------------------------------------------------------- ================================================================================ CASO AERUS 22 fev 2011 Published by Maia under Uncategorized Na semana passada houve uma reunião importante, envolvendo a Graziella Baggio e o Ministro Gilberto Carvalho. Não publiquei naquele momento porque não sabia se era ou não matéria divulgável ou se o tema era confidencial. Por via das dúvidas, como faço sempre, silenciei. Após, houve nota do Sindicato Nacional dos Aeronautas dando publicidade ao tema. O assunto caminhou, vem sendo tratado na ante-sala do gabinete da Presidenta da República. Isso é muita coisa. É momento de ter esperança. II De outra parte, acabamos passando um aperto, que também não divulguei por motivo óbvios. Havia necessidade de dar vistas da documentação que juntamos na ação civil pública do caso Aerus. Saiu o despacho, dando dez dias sucessivos para os réus. E aí nessa expressão estava o problema: como são mais de vinte réus, significa 10 dias para o primeiro, e mais dez para o segundo, e assim até o último. Ou seja, daria mais de 220 dias. Peticionei, ainda na semana passada, explicando essa situação. O processo foi imediatamente despachado pela nova Juíza Federal que está respondendo pela 21ª Vara Federal de Brasília, Doutora Ana Paula Martini Tremarin, que fixou prazo comum de 30 dias para os réus. Absolutamente razoável, mas importante porque o processo não só volto a andar, como voltou pelo caminho certo. 58 responses so far -------------------------------------------------------------------------------- # carlos augusto fadel santosem 23 fev 2011 �s 11:42 muito bom dia DR.MAIA. com essa decisão da juíza de conceder prazo de 30 dias para todas as partes se manifestarem, qual será o proximo passo a ser percorrido no processo,algumas dessa partes poderá se manifestar contra, daí virem novos prazos, alongando o julgamento, ou está realmente em fase final para julgamento e sentença? grato carlos augusto fadel santos Resposta – A rigor, há uma decisão, ainda, a ser tomada: é que a PREVIC requereu seu ingresso na ação em substituição à União, conforme previa a lei que a criou. Eu impugnei essa mudança por enteder que “a relação processual já estava estabilizada”, e que os atos são de responsabilidade direta da União. Essa decisão, no entanto, pode ser concomitante à sentença. A rigor, passados os 30 dias de prazo, pode haver sentença imediata ou abertura de pequeno prazo para apresentação de alegações finais. Em outras palavras, há grande possibilidade de julgamento no primeiro semestre. --------------------------------------------------------------------------------- # S.G.Pinheiroem 23 fev 2011 �s 13:59 Dr. Já dizeram ,aqui,que sou otimista demais…talvez até seja…mas não consigo ver de maneira diferente a atidude da Juiza Ana Paula. Pelo que percebi, o Dr. conseguiu sensibiliza-la , fazendo com que o prazo fosse encurtado de modo a nos favorecer.Ela está conosco ! Realmente estamos no caminho certo. “Nós vamos conseguir !!! “ ----------------------------------------------------------------------------------- # marcio6067em 23 fev 2011 �s 14:23 Hi dr. Maia, não caberia vir ao vosso Blog pela diferença do que achei ser a Vara Federal de responsabilidade da Doutora Ana Paula Martini Tremarin – 14a Vara – visto que o que interessa é que a ilustre Dourora julgará o caso Aerus. Mas não podia deixar de agradecer a Petra por sua presença marcante, trazendo varios cronistas como é o caso agora do grande Zuenir, que abre uma cronica com o Robim Willians de “Carpe Dien” e a encerra com o grande poeta pernambucano Carlos Pena Filho ( …Então pintei de azul os meus sapatos, por não poder de azul pintar as ruas…). Todos te devemos mais esta, Petra. Obrigado, votos de Saúde e Paz.Sempre. ---------------------------------------------------------------------------------- # Luiz Almeidaem 16 mar 2011 �s 12:19 Prezados colegas. Alguém sabe de alguma informação sobre o caso do Aerus,e como está o andamento,do processo da ação civil publica.Se alguem tiver alguma noticia seria bom, pq até agora está um silêncio sobre o caso da ação civil publica. Abraços. Resposta – Em 22.03 termina o prazo de manifestação dos réus em relação à documentação que juntamos. Após isso, pediremos abertura de prazo para alegações finais. E aí ocorrerá, se tudo correr bem, o julgamento no primeiro grau, ou seja, da ação civil pública. Se formos vitoriosas, imediatamente é restabelecida a antecipação dos efeitos da tutela jurisdicional. --------------------------------------------------------------------------------- # Fernando Rochaem 17 mar 2011 �s 19:32 Dr. Maia. A titulo de orientação, para acompanhamento processual, qual a expectativa de prazo a ser definido pela justiça para as “alegações finais”, após seu pedido de abertura? outros 30 dias? dependerá da juiza? varia pelo tipo de ação ou pelo número de réus? não se tem como prever? Grato. Se cuide. Abç. Resposta – Normalmente o prazo é de dez dias. Creio que, nesse caso, 20 dias seria absolutamente razoável. ---------------------------------------------------------------------------------- # Jose Herenioem 25 mar 2011 �s 17:47 Caros Colegas, Com as devidas escusas, sugiro que copiem o link abaixo e ouçam novamente o assunto abordado, Trata-se de fato pretérito referente a liminar 127, interposta em favor dos dependentes do Aerus, cassada no STF. Apesar do momentâneo desalento, o lembrete relatado nos trouxe fatos os novos e grandes são as expectativas ora nos vislumbram. Renovando ânimos, entendo que merecido enfoque deve ser dado à tarefa que vem empreendendo o nosso bravo e competetente dr. Castagna Maia perante o juízo de 1ª Instância na 14ª Vara Federal, em Brasília, feito auspicioso que tem como autor o valoroso Sindicato Nacional dos Aeronautas. A todos, rogo por animo e esperança muita. Abrs, José Herênio http://www.youtube.com/watch?v=toQ0F5qOb2M --------------------------------------------------------------------------------- ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ Brasil fev 19 2011 “Apelo à Pele” Postado por Maia at 20:38 sob Uncategorized Não deixes de arrepiar e tremer quando te tocarem Lábios, brisa ou outra pele. Pelo apelo de ser pleno Vale arriscar a própria pele Apelo à pele Não te envergonhes ao enrugares pela erosão do tempo Não te inibas ao te expores frente ao aço ou calibre assassino Não negues teu calor ao contato qualquer Pele, abre e recebe o sol por tuas grutas profundas Não sejas cútis, e resiste ao marketing da “maciez encantadora” Queima e racha quando te impuserem o trabalho árduo. Defende-te com calos quando te oprimirem desumanamente E, por favor, Ensina ao coração qual o mistério da cicatriz. Tetê Catalão 22 respostas até o momento ----------------------------------------------------------------------------------- pelo teto máximo . Obrigada . # marcio6067em 20 fev 2011 �s 11:53 Hi Dr. Maia, bom dia. Uma poesia, com votos de Saúde e Paz. Sempre. Aniversário Fernando Pessoa (Álvaro de Campos) No TEMPO em que festejavam o dia dos meus anos, Eu era feliz e ninguém estava morto. Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos, E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer. No TEMPO em que festejavam o dia dos meus anos, Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma, De ser inteligente para entre a família, E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim. Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças. Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida. Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo, O que fui de coração e parentesco. O que fui de serões de meia-província, O que fui de amarem-me e eu ser menino, O que fui — ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui… A que distância!… (Nem o acho…) O tempo em que festejavam o dia dos meus anos! O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa, Pondo grelado nas paredes… O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas), O que eu sou hoje é terem vendido a casa, É terem morrido todos, É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio… No tempo em que festejavam o dia dos meus anos… Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo! Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez, Por uma viagem metafísica e carnal, Com uma dualidade de eu para mim… Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes! Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui… A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais copos, O aparador com muitas coisas — doces, frutas o resto na sombra debaixo do alçado —, As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa, No tempo em que festejavam o dia dos meus anos… Pára, meu coração! Não penses! Deixa o pensar na cabeça! Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus! Hoje já não faço anos. Duro. Somam-se-me dias. Serei velho quando o for. Mais nada. Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!… O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!… 15/10/1929 ------------------------------------------------------------------------------------- =================================================================================== Archive for fevereiro, 2011 fev 26 2011 “ÚLTIMOS DIAS” Published by Maia under Uncategorized Carlos Drummond de Andrade Que a terra há de comer, Mas não coma já. Ainda se mova, para o ofício e a posse. E veja alguns sítios antigos, outros inéditos. Sinta frio, calor, cansaço: para um momento; continue. Descubra em seu movimento forças não sabidas, contatos. O prazer de estender-se; o de enrolar-se, ficar inerte. Prazer de balanço, prazer de vôo. Prazer de ouvir música; sobre o papel deixar que a mão deslize. Irredutível prazer dos olhos; certas cores: como se desfazem, como aderem; certos objetos, diferentes a uma luz nova. Que ainda sinta cheiro de fruta, de terra na chuva, que pegue, que imagine e grave, que lembre. O tempo de conhecer mais algumas pessoas, de aprender como vivem, de ajudá-las. De ver passar este conto: o vento balançando a folha; a sombra da árvore, parada um instate alongando-se com o sol, e desfazendo-se numa sombra maior, de estrada sem trânsito. E de olhar esta folha, se cai. Na queda retê-la. Tão seca, tão morna. Tem na certa um cheiro, particular entre mil. Um desenho, que se produzirá ao infinito, e cada folha é uma diferente. E cada instante é diferente, e cada homem é diferente, e somos todos iguais. No mesmo ventre o escuro inicial, na mesma terra o silêncio global, mas não seja logo. Antes dele outros silêncios penetrem, outras solidões derrubem ou acalentem meu peito; ficar parado em frente desta estátua: é um torso de mil anos, recebe minha visita, prolonga para trás meu sopro, igual a mim na calma, não importa o mármore, completa-me. O tempo de saber que alguns erros caíram, e a raiz da vida ficou mais forte, e os naufrágios não cortaram essa ligação subterrânea entre homens e coisas; que os objetos continuam, e a trepidação incessante não desfigurou o rosto dos homens; que somos todos irmãos, insisto. Em minha falta de recursos para dominar o fim, entrentanto me sinta grande, tamanho de criança, tamanho de torre, tamanho da hora, que se vai acumulando século após século e causa vertigem, tamanho de qualquer João, pois somos todos irmãos. E a tristeza de deixar os irmãos me faça desejar partida menos imediata. Ah, podeis rir também, não da dissolução, mas do fato de alguém resistir-lhe, de outros virem depois, de todos sermos irmãos, no ódio, no amor, na incompreensão e no sublime cotidiano, tudo, mas tudo é nosso irmão. O tempo de despedir-me e contar que não espero outra luz além da que nos envolveu dia após dia, noite em seguida a noite, fraco pavio, pequena amplo fulgurante, facho lanterna, faísca, estrelas reunidas, fogo na mata, sol no mar, mas que essa luz basta, a vida é bastante, que o tempo é boa medida, irmãos, vivamos o tempo. A doença não me intimide, que ela não possa chegar até aquele ponto do homem onde tudo se explica. Uma parte de mim sofre, outra pede amor, outra viaja, outra discute, uma última trabalha, sou todas as comunicações, como posso ser triste? A tristeza não me liquide, mas venha também na noite de chuva, na estrada lamacenta, no bar fechando-se, que lute lealmente com sua presa, e reconheça o dia entrando em explosões de confiança, esquecimento, amor, ao fim da batalha perdida. Este tempo, e não outro, sature a sala, banhe os livros, nos bolsos, nos pratos se insinue: com sórdido ou potente clarão. E todo o mell dos domingos se tire; o diamante dos sábados, a rosa de terça, a luz de quinta, a mágica de horas matinais, que nós mesmos elegemos para nossa pessoal despesa, essa parte secreta de cada um de nós, no tempo. E que a hora esperada não seja vil, manchada de medo, submissão ou cálculo. Bem sei, um elemento de dor rói sua base. Será rígida, sinistra, deserta, mas não a quero negando as outras horas nem as palavras ditas antes com voz firme, os pensamentos maduramente pensados, os atos que atrás de si deixaram situações. Que o riso sem boca não a aterrorize e a sombra da cama calcária não a encha de súplicas, dedos torcidos, lívido suor de remorso. E a matéria se veja acabar: adeus composição que um dia se chamou Carlos Drummond de Andrade. Adeus, minha presença, meu olhar e minas veias grossas, meus sulcos no travesseiro, minha sombra no muro, sinal meu no rosto, olhos míopes, objetos de uso pessoal, idéia de justiça, revolta e sono, adeus, adeus, vida aos outros legada. 33 responses so far ---------------------------------------------------------------------------------- Aqui o aviso. Porque não percebemos? Apenas Paizote acusou algo nos dois poemas que postou. Um de F. Pessoa e um deke mesmo, ambos aqui. O Dr. Maia traz a nós esta obra prima de seu poeta querido..... E se adiantou em 1 ano o que aconteceria em 13 de janeiro de 2012, uma sexta-feira. Mas não nos abandonou. Lutou até a extraordinaria vitorta em 13 de julho de 2, que foi comentado por alguem num blog futuro, tamnem uma sexta-feira 13... --------------------------------------------------------------------------------- # paizoteem 26 fev 2011 �s 21:07 O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. E os que lêem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que ele não têm. E assim nas calhas de roda Gira, a entreter a razão, Esse comboio de corda Que se chama coração. F.Pessoa --------------------------------------------------------------------------------- # marcio6067em 27 fev 2011 �s 08:54 Soneto do Desmantelo Azul Carlos Pena Filho Então pintei de azul os meus sapatos Por não poder de azul pintar as ruas Depois vesti meus gestos insensatos E colori as minhas mãos e as tuas Para extinguir de nós o azul ausente E aprisionar o azul nas coisas gratas Enfim, nós derramamos simplesmente Azul sobre os vestidos e as gravatas E afogados em nós nem nos lembramos Que no excesso que havia em nosso espaço Pudesse haver de azul também cansaço E perdidos no azul nos contemplamos E vimos que entre nascia um sul Vertiginosamente azul: azul. --------------------------------------------------------------------------------- # paizoteem 27 fev 2011 �s 18:24 Perdão, Procurei o dia inteiro algumas palavras, e as que encontrei não traduzem o que sinto. Como tartaruga que sou, protegido por um casco com casca grossa, que disfarça o que vai por dentro, pareço estar incólume a dor. Mas, dói… É aquela dor do lado de fora…sabe? A dor da incompetência… da impotência! Não dói tanto quanto, Mas , doi! Nem no imaginário poético encontro as palavras certas. Quiçá no universo religioso, elas coabitem. Mas não as alcanço, estão fora de meu mundo. Da uma tristeza! Uma vontade de abraçar. Abraçar… Talvez esta palavra diga algo. Um abraço… ------------------------------------------------------------------------------------- ---------------------------------------------------------------------------------- Archive for janeiro, 2011 ================================================================================ 28 responses so far jan 08 2011 WIKILEAKS, GOVERNO E QUEBRA DA VARIG Published by Maia under Uncategorized Enviado por: Petra __________________________________________ Da FOLHA DE SÃO PAULO Eleição fez Lula adiar solução para Varig, mostra WikiLeaks MARIANA BARBOSA DE SÃO PAULO O governo Lula prolongou a agonia da Varig por cerca de dois anos, temendo a repercussão negativa que a quebra da companhia provocaria nas eleições de 2006. A revelação consta nos telegramas enviados pela Embaixada dos EUA em Brasília para Washington e obtidos pelo site WikiLeaks. Veja como funciona o WikiLeaks Veja as principais revelações do WikiLeaks Leia os últimos telegramas sobre o Brasil obtidos pela Folha A análise sobre a preocupação eleitoral foi construída com base em conversas do embaixador John Danilovich com o vice-presidente e ministro da Defesa na época, José Alencar, e mais fontes não identificadas do Planalto. O caso Varig é citado em ao menos 13 telegramas. Na maioria, os diplomatas mostram preocupação com temas de interesse das empresas dos EUA de aluguel de avião, como a ILFC e os braços financeiros de Boeing e GE, credores da Varig. O caso Varig, em especial a condução da venda em leilão judicial, foi considerado “bizantino” pelos americanos, que também ironizaram a incoerência entre o discurso e a prática do governo Lula. O governo dizia que não ia ajudar, mas prolongava a agonia -por meio das estatais Infraero (que administra aeroportos) e BR Distribuidora (fornecedora de combustível)- ao renovar linhas de crédito ou tolerar a falta de pagamentos. ELITE O embaixador Danilovich também conta ter ouvido de fonte palaciana, em dezembro de 2004, argumento que justificaria a atitude de não socorrer a Varig: “Por que um governo liderado por um presidente do Partido dos Trabalhadores deveria subsidiar uma empresa mal administrada que atende a elite (o pobre não tem dinheiro para voar)?” Os telegramas trazem ainda uma revelação. Segundo o relato de Danilovich, em dezembro de 2004, durante reunião com o vice-presidente da Boeing, Thomas Pickering, Alencar afirmou que uma das soluções em estudo seria dividir a parte boa da Varig entre TAM e/ou Gol. A Gol não tinha aparecido publicamente como parte de solução em estudo pelo governo. Porém a empresa acabou sendo a solução ao adquirir a Nova Varig, em 2007. A aquisição evitou, mais uma vez, a falência da companhia, ameaçada pela disputa entre os sócios brasileiros e o fundo Matlin Patterson, dos EUA. Na conversa, Alencar classificou de “um horror” a situação financeira da Varig. Adiar uma solução para o caso Varig, segundo relatos que o embaixador diz ter colhido, teria outra vantagem, além da questão eleitoral: dar tempo para TAM e Gol se prepararem para assumir as rotas internacionais. VILÃO Em 10 de junho de 2005, com a pressão dos credores donos de avião aumentando, Danilovich declarou: “Antevemos que a atual crise rapidamente se tornará muito pública e muito confusa”. Quatro dias depois, o embaixador era procurado pela Varig, à época liderada por David Zylbersztajn e Omar Carneiro da Cunha, que lhe fez apelo para tentar impedir que a ILFC entrasse com ação de retomada de aviões por falta de pagamento. Como o embaixador não se comprometeu, em 17 de junho, data em que a ILFC planejava retomar as aeronaves, a Varig entrou em recuperação judicial -ficando protegida do arresto dos aviões. A ILFC, subsidiária da seguradora AIG, era o credor americano mais aguerrido. A Boeing, parceira antiga da Varig, apoiou o plano. Não por benevolência, mas por questão de imagem. “Dada a popularidade da Varig no Brasil, a Boeing não queria ficar com a fama do vilão que levou a empresa à falência”, escreveu o encarregado de negócios Philip Chicola em julho de 2005. Esse papel coube à ILFC. Os informes constam nos milhares de despachos diplomáticos que o WikiLeaks começou a divulgar em novembro. A Folha e outras seis publicações têm acesso ao material antes da divulgação no site da organização (www.wikileaks.ch). 19 responses so far -------------------------------------------------------------------------------- -------------------------------------------------------------------------------- O AR Published by Maia under Uncategorized O AR Vinicius de Moraes Com a mão contente a Amada abre a janela Sequiosa de vento no seu rosto E o vento, folgazão, entra disposto A comprazer-se com a vontade dela. . Mas ao tocá-la e constatar que bela E que macia, e o corpo que bem posto O vento, de repente, toma gosto E por ali põe-se a brincar com ela. . Eu, a princípio, não percebo nada… Mas ao notar depois que a Amada tem Um ar confuso e uma expressão corada . A cada vez que o velho vento vem Eu o expulso dali, e levo a Amada: - Também brinco de vento muito bem! 28 responses so far --------------------------------------------------------------------------------- # Petraem 09 jan 2011 �s 07:40 E agora um poema muito especial de Paul Èlouard ; Nos meus cadernos da escola Na minha carteira nas árvores Sobre a areia e sobre a neve Escrevo o teu nome Em todas as páginas lidas Em todas as páginas em branco Pedra sangue papel ou cinza Escrevo o teu nome Na selva e no deserto Nos ninhos e nas giestas Na memória da minha infância Escrevo o teu nome Em cada raio da aurora Sobre o mar e sobre os barcos Na montanha enlouquecida Escrevo o teu nome Na saúde recuperada No perigo desaparecido Na esperança sem lembranças Escrevo o teu nome E pelo poder de uma palavra a minha vida recomeça Eu renasci para conhecer-te Para dizer o teu nome Liberdade. ———————————————————————————————————— Beijinhos carinhosos . ---------------------------------------------------------------------------- # marcio6067em 11 jan 2011 �s 16:54 Hi Dr. Maia, numa maravilhosa manifestação poética, em que o Verlaine e o Èlouard de Petra traz tantas recodações dos dias de luta, o Milton e o Fernando nos chamam a atenção para o fato de que o seu processo, especificamente o do Aerus, na 14a Vara , caminha decididamente para o final. Que esperamos seja a nosso favor. Votos de Saúde e Paz. Sempre ----------------------------------------------------------------------------------- --------------------------------------------------------------------------------- jan 11 2011 PARECE QUE VAI Published by Maia under Uncategorized Parece que o ano judiciário começou de verdade. Embora a Justiça tenha reaberto na última sexta-feira, nesta semana é que os temas voltaram a caminhar. Janeiro tende a ser relativamente lento por coincidir com as férias de alguns juízes e procuradores, mas o importante é que, ainda que lentamente, tudo volta a funcionar. 31 responses so far ----------------------------------------------------------------------------------- # Petraem 11 jan 2011 �s 15:46 Saudades da Varig Editado por Andréa Haddad em 8/01/2011 às 09:46 hs. Quase sempre, quando há solenidade importante, com presença de autoridades, aparece um grupo de aposentados da Varig com cartazes afirmando que foram abandonados assim como foi a empresa. Uma série de 13 telegramas da Embaixada americana no Brasil, divulgada pelo Wikleaks, confirma esta de denúncia. Aliás, como grande parte dos vazamentos, trata-se de algo que todos sabiam. O governo hesitou entre salvar a Varig e entregá-la à iniciativa privada. Naquele momento, estava pressionado pela crise do mensalão e se recusou a repassar para a empresa R$1 bilhão, relativo à divida oficial com ela. A crise aérea, com atrasos , greves de controladores e a incapacidade da Anac foram alguns dos temas dos telegramas críticos. De fato, o governo Lula não respondeu como devia às necessidades do setor. Nem as companhias, que ficam meio escondidas na história, mas também são responsáveis. Um dos mais interessantes telegramas revela uma fonte do Planalto justificando ideologicamente o abandono da Varig: por que financiar a elite se os pobres andam de ônibus e metrô? Esta fonte não podia imaginar que o setor estava crescendo e os pobres, progressivamente, teriam acesso ao meio de transporte mais rápido. Se a justificativa for sincera, como explicar o foco no trem-bala agora,etapa em que grande parte das populações metropolitanas ainda sofre com o transporte cotidiano? Foi um erro deixar a Varig morrer. Não sei se resistiria ao novo momento da aviação brasileira. Mas a verdade é que saneada, a empresa teria chance num mercado que cresce 20 por cento ao ano. Os americanos mencionam o mensalão e dúvidas sobre o papel no estado como elementos que inibiram o governo. Os aposentados e funcionários, as vezes, vão mais longe e insinuam que interesses comerciais também tiveram peso. É o tipo de história que ainda levará algum tempo para ser contada com precisão. Fernando Gabeira é ex-deputado federal e jornalista ———————————————————————————————————— Beijinhos carinhosos . ------------------------------------------------------------------------------- -------------------------------------------------------------------------------- jan 15 2011 BALADA PARA MARIA Published by Maia under Uncategorized Balada para Maria Vinicius de Moraes . Não sei o que me angustia Tardiamente; em meu peito Vive dormindo perfeito O sono desta agonia… Saudades tuas, Maria? Na volúpia de uma flora Úmida, pecaminosa Nasceu a primeira rosa Fria… Perdi o prazer da hora. Mas se num momento cresce O sangue, e me engrossa a veia Maria, que coisa feia! Todo o meu corpo estremece… E dos colmos altos, ricos Em resinas odorantes Pressinto o coito dos micos E o amor das cobras possantes. No mundo há tantos amantes… Maria… Cantar-te-ei brasileiro: Maria, sou teu escravo! A rosa é a mulher do cravo… Dá-me o beijo derradeiro? — Cobrir-te-ei da pomada Do pólen das flores puras E te fecundarei deitada Num chão de frutas maduras Maria…e morangos, quantos! E tu que adoras morango! Dormirás sobre agapantos… — Fingirei de orangotango! Não queres mesmo, Maria? No lombo morno dos gatos, Aprendi muita carícia… Para fazer-te a delícia Só terei gestos exatos. E não bastasse, Maria… E morro nessas montanhas Entre as imagens castanhas Da tua melancolia… 13 responses so far ------------------------------------------------------------------------------ # paizoteem 15 jan 2011 �s 12:33 VERSOS ÍNTIMOS Vês! Ninguém assistiu ao formidável Enterro de tua última quimera. Somente a Ingratidão – esta pantera - Foi tua companheira inseparável! Acostuma-te à lama que te espera! O Homem, que, nesta terra miserável, Mora, entre feras, sente inevitável Necessidade de também ser fera. Toma um fósforo. Acende teu cigarro! O beijo, amigo, é a véspera do escarro, A mão que afaga é a mesma que apedreja. Se a alguém causa inda pena a tua chaga, Apedreja essa mão vil que te afaga, Escarra nessa boca que te beija! A.dos anjos ------------------------------------------------------------------------------- Benjamim Franklin # Fernandoem 15 jan 2011 �s 14:27 Autopsicografia: O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. E os que lêem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que eles não têm. E assim nas calhas de roda Gira, a entreter a razão, Esse comboio de corda Que se chama coração. Fernando Pessoa ------------------------------------------------------------------------------- # carlos irmaoem 17 jan 2011 �s 08:46 Repassando Armando Erik de Carvalho e famíliares – in memoriam Faleceram ontem, vítimas das chuvas desta quarta-feira (12/01/2011) na região Serrana do Rio de Janeiro, Armando Erik de Carvalho, sua esposa Kitty, sua filha Daniela Conolly, o marido de Daniela, Alexandre França, o filho do casal, João Gabriel, e mais três netos de Armando Erik e Kitty, com idades entre 1 ano e 9 anos. Armando Erik e sua família estavam juntos, pois ontem mesmo Armando completaria mais um ano de vida. Armando, além de um executivo brilhante, foi um pai, esposo e avô de caráter ímpar. Era filho de Erik Osvaldo Kastrup de Carvalho, presidente da Varig entre 1966 e 1979. Tive o privilégio de conhecê-lo e com ele conviver em seus últimos anos de vida, quando nos tornamos amigos. Armando Erik de Carvalho, juntamente a João Nagy, foram os principais responsáveis pela elaboração do projeto que culminou nos livros “Varig Eterna Pioneira”, e “Varig, 432 Aeronaves” de minha autoria. O Jetsite entra em luto por três dias, durante os quais não haverá atualizações em seu conteúdo, nossa modesta homenagem aos inesquecíveis membros da família Conolly de Carvalho. Armando, Kitty, Daniela, seus filhos e netos: convosco estão nossas preces, nossa amizade, nossa eterna gratidão. Vossa luz nos guiará sempre, até o nosso reencontro. Gianfranco Beting ------------------------------------------------------------------------------- # marcio6067em 17 jan 2011 �s 17:48 Hi Dr. Maia, o Carlos irmão nos traz o Blog de Giangfresco Beting com um uma nota de consternação. Sensibilizado, postei uma lembrança do Armando, que peço reproduzir aqui. “Armando me chega de repente num Blog de nosso advogado da causa Varig/Aerus. Relembro um encontro rápido numa viagem ao Chile, meu caminho para a Ilha Páscoa e o dele para o Tahiti, via Ilha de Pascoa. Uma ida a Valparaiso, um jantar no Sheratom San Cristobal, um vinho chileno e conversas sobre seu pai, Erik de Carvalho, presidente da Varig. Era um jovem marcante e a impressão perdura até hoje. Disse dos conselhos do pai, e um eu guardei: “Respeite sempre o trabalho dos outros”. Dele e dos seus, disse bem o Betting: “Vossa luz nos guiará sempre até o nosso reencontro”. Obrigado. Paz e Saúde . Sempre, --------------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------------- jan 16 2011 DAS EDIÇÕES ESPECIAIS DOS SÁBADOS Published by Maia under Uncategorized Para quem passa no blog quase ao acaso, ou para quem não viu a explicação anterior. Aos sábados, o blog publica poesia. Uma, talvez mais, o suficiente para provocar quem está lendo a contribuir com a sua nos comentários. É que durante a semana tratamos, de regra, de temas áridos: ou questões que dizem respeito ao Judiciário, a eventual julgamento ou precedente, alguma reflexão sobre a máquina judiciária, ou temas da conjuntura, particularmente políticos. Ou seja, são temas pesados. E ficar apenas nos temas pesados nos desumaniza. É como se o tempo todo provocássemos o mau humor das pessoas. Daí a idéia de, no sábado, publicar algo mais leve, que humanize, que permita aflorar a sensibilidade que, até mesmo por proteção, frequentemente deixamos escondida. Daí a iniciativa. Daí, também, o agradecimento a quem já provocava a iniciativa postando temas que nos humanizam, que nos tiram da aridez. Essas pessoas – digo “esse amigos” – estão dando contribuições com poemas e reflexões que trazem para essa edição dos sábados. Então, a esses amigos meu agradecimento e meu abraço. 11 responses so far ----------------------------------------------------------------------------------- jan 22 2011 “PEDRO, MEU FILHO…” Postado por Maia at 17:12 sob Uncategorized PEDRO, MEU FILHO… Vinicius de Moraes Como eu nunca lutei para deixar-te nada além do amanhã indispensável: um quintal de terra verde onde corra, quem sabe, um córrego pensativo; e nesta terra, um teto simples onde possas ocultar a terrível herança que te deixou teu pai ¾ a insensatez de um coração constantemente apaixonado. E porque te fiz com o meu sêmen homem entre os homens, e te quisera para sempre escravo do dever de zelar por esse alqueire, não porque seja meu, mas porque foi plantado com os frutos da minha mais dolorosa poesia. Da mesma forma que eu, muitas noites, me debrucei sobre o teu berço e verti sobre teu pequenino corpo adormecido as minhas mais indefesas lágrimas de amor, e pedi a todas as divindades que cravassem na minha carne as farpas feitas para a tua. E porque vivemos tanto tempo junto e tanto tempo separados, e o que o convívio criou nunca a ausência pôde destruir. Assim como eu creio em ti porque nasceste do amor e crescente no âmago de mim como uma árvore dentro de outra, e te alimentaste de minhas vísceras, e ao te fazeres homem rompeste meu alburno e estiraste os braços para um futuro em que acredite acima de tudo. E sendo que reconheço nos teus pés os pés do menino que eu fui um dia, em frente ao mar; e na aspereza de tuas plantas as grandes pedras que grimpei e os altos troncos que subi; em tuas palmas as queimaduras do Infinito que procurei como um louco tocar. Porque tua barba vem da minha barba, e o teu sexo do meu sexo, e há em ti a semente da morte criada por minha vida. E minha vida, mais que ser um templo, é uma caverna interminável, em cujo recesso esconde-se um tesouro que me foi legado por meu pai, mas cujo esconderijo eu nunca encontrei, e cuja descoberta ora te peço. Como as amplas estradas da mocidade se transformaram nestes estreitas veredas da madureza, e o Sol que se põe atrás de mim alonga minha sombra como uma seta em direção ao tenebroso Norte. E a Morte me espera em algum lugar oculta, e eu não quero ter medo de ir ao seu inesperado encontro. Por isso que eu chorei tantas lágrimas para que não precisasses chorar, sem saber que criava um mar de pranto em cujos vórtices tu te haverias também de perder. E amordacei minha boca para que não gritasses e ceguei meus olhos para que não visses; e quanto mais amordaçado, mais gritavas; e quanto mais cego, mais vias. Porque a poesia foi para mim uma mulher cruel em cujos braços me abandonei sem remissão, sem sequer pedir perdão a todas as mulheres que por ela abandonei. E assim como sei que toda a minha vida foi uma luta para que ninguém mais tivesse que lutar: Assim é o canto que te quero cantar, Pedro meu filho… 16 respostas até o momento --------------------------------------------------------------------------------- # marcio6067em 22 jan 2011 �s 20:58 Hi Dr. Maia, no tema das edições especiais do sabado, deixo aqui algo do imortal Pessoa: Fernando Pessoa ( Álvaro de campos ) (12-1922) Olha Daisy: quando eu morrer tu hás de dizer aos meus amigos aí de Londres, embora não sintas, que tu escondes a grande dor da minha morte. Irás de Londres p’ra Iorque, onde nasceste (dizes… que eu nada que tu digas acredito), contar àquele pobre rapazito que me deu tantas horas tão felizes, Embora não o saibas, que morri… mesmo êle, a quem eu tanto julguei amar, nada se importará… Depois vai dar a notícia a essa estranha Cecily que acreditava que eu seria grande… Raios partam a vida e quem lá ande! Agradeço com votos de Paz e Saúde. Sempre ----------------------------------------------------------------------------------- Ferreira Gullar # Freitasem 24 jan 2011 �s 11:36 Amigos sofredores do Aerus Venho pedir, suplicar, implorar, se quiserem até de joelhos, mas alguém dê alguma notícia, qualquer uma, por pior que seja, sobre a nossa situação que já atingiu o limite do desespero. Não estou mais suportando este angustiante silêncio. Meu Deus, este total e absoluto silêncio está me levando a um estado de depressão do qual eu havia saído pelo simples fato de de vez em quando ler alguma coisa que nos desse esperança. Mas agora não se fala mais nada, silêncio enlouquecedor. Ninguém fala mais nada sobre o processo de defasagem tarifária, sobre a ação que se encontra na 14.vara, sobre um eventual acordo. Lembro que um colega escreveu ( creio que José Rezende) que nosso caso ficaria para 2009, 2010, 2011 … 2014. Estou começando a acreditar que ele tenha razão. Daqui a 3 meses completarão CINCO ANOS de nossa TORTURA. Essa tortura se torna mais grave por se tratar de uma covardia com seres humanos que têm entre 65 e 85 anos de idade. Será que isto aconteceria em outro país? Será que os idosos seriam tão covardemente tratados em países da Europa, nos Estados Unidos ou até mesmo na pobre América do Sul? Fomos completamente abandonados por Lula. Será que Dilma irá pelo mesmo caminho? Será que estamos destinados a esperar o ano inteiro e em dezembro recebermos uma comunicação do Aerus que deixaremos de receber o pouco que hoje estamos recebendo? Creio que só resta levantar os olhos para o céu e pedir a Deus que olhe por nós. -------------------------------------------------------------------------------- ---------------------------------------------------------------------------------- jan 29 2011 “A BRUXA” Published by Maia under Uncategorized A Bruxa Carlos Drummond de Andrade A Emil Farhat Nesta cidade do Rio De dois milhões de habitantes Estou sozinho no quarto Estou sozinho na América. Estarei mesmo sozinho? Ainda há pouco um ruído Anunciou vida a meu lado. Certo não é vida humana, Mas é vida. E sinto a Bruxa Presa na zona de luz. De dois milhões de habitantes! E nem precisava tanto… Precisava de um amigo, Desses calados, distantes, Que lêem verso de Horácio Mas secretamente influem Na vida, no amor, na carne. Estou só, não tenho amigo, E a essa hora tardia Como procurar amigo? E nem precisava tanto. Precisava de mulher Que entrasse nesse minuto, Recebesse esse carinho Salvasse do aniquilamento Um minuto e um carinho loucos Que tenho para oferecer. Em dois milhões de habitantes Quantas mulheres prováveis Interrogam-se no espelho Medindo o tempo perdido Até que venha a manhã Trazer leite, jornal, calma. Porém a essa hora vazia Como descobrir mulher? Esta cidade do Rio! Tenho tanta palavra meiga, Conheço vozes de bichos, Sei os beijos mais violentos, Viajei, briguei, aprendi Estou cercado de olhos, de mãos, afetos, procuras Mas se tento comunicar-me, O que há é apenas a noite E uma espantosa solidão Companheiros, escutai-me! Essa presença agitada Querendo romper a noite Não é simplesmente a Bruxa. É antes a confidência Exalando-se de um homem. 71 responses so far ----------------------------------------------------------------------------- # marcio6067em 29 jan 2011 �s 19:40 A partida Vinicius de Moraes Quero ir-me embora pra estrela Que vi luzindo no céu Na várzea do setestrelo. Sairei de casa à tarde Na hora crepuscular Em minha rua deserta Nem uma janela aberta Ninguém para me espiar De vivo verei apenas Duas mulheres serenas Me acenando devagar. Será meu corpo sozinho Que há de me acompanhar Que a alma estará vagando Entre os amigos, num bar. Ninguém ficará chorando Que mãe já não terei mais E a mulher que outrora tinha Mais que ser minha mulher É mãe de uma filha minha. Irei embora sozinho Sem angústia nem pesar Antes contente da vida Que não pedi, tão sofrida Mas não perdi por ganhar. Verei a cidade morta Ir ficando para trás E em frente se abrirem campos Em flores e pirilampos Como a miragem de tantos Que tremeluzem no alto. Num ponto qualquer da treva Um vento me envolverá Sentirei a voz molhada Da noite que vem do mar Chegar-me-ão falas tristes Como a querer me entristar Mas não serei mais lembrança Nada me surpreenderá: Passarei lúcido e frio Compreensivo e singular Como um cadáver num rio E quando, de algum lugar Chegar-me o apelo vazio De uma mulher a chorar Só então me voltarei Mas nem adeus lhe darei No oco raio estelar Libertado subirei. ------------------------------------------------------------------------- # Sylvio C Araujoem 30 jan 2011 �s 15:10 If (Se) de Rudyard Kipling Se és capaz de manter a calma quando Toda a gente ao teu redor já a perdeu e te culpa; De acreditares em ti quando todos duvidam E para esses no entanto encontrares uma desculpa; Se és capaz de esperares sem desesperares, Ou enganado, não mentires ao mentiroso, Ou sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares, E não pareceres bom demais ou pretensioso; Se és capaz de pensares, sem que a isso só te atires; Se encontrando a desgraça e o triunfo conseguires Tratares da mesma forma esses dois impostores; Se és capaz de sofrer a dor de veres mudadas Em armadilhas as verdades que disseste, E as coisas por que deste a vida estraçalhadas, E refazê-las com o bem ainda pouco que te reste; Se és capaz de arriscar numa única jogada, Tudo quanto ganhaste na tua vida, E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada, Resignado, voltares ao ponto de partida; De forçares o coração, nervos, músculo, tudo A dar seja o que for que neles ainda existe, E a persistir assim quando, exaustos, contudo Resta a vontade em ti que ainda ordena: ”Persiste”, Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes E, entre reis, não perderes a naturalidade, E, de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes Se a todos podes ser de alguma utilidade, E se és capaz de dar, segundo por segundo, Ao mínimo fatal todo o valor e brilho, Tua é a terra com tudo que existe no mundo E o que mais – tu serás um homem, ó meu filho! ----------------------------------------------------------------------------- # Neria de O.Alvesem 02 fev 2011 �s 14:44 Dr, Maia, boa tarde O sr.pode nos dizer alguma coisa? Até quando vamos viver nesse silêncio total? --------------------------------------------------------------------------------- ligadas à antiga Varig! Num golpe de caneta tudo poderia ir para o espaço. Com este tipo de STF. # marcio6067em 02 fev 2011 �s 18:06 Hi Dr. Maia, por uma sincronicidade, vejo aqui a pergunta de Neria Alves, que foi esposa de meu inesquecível amigo Rubens Alves, conhecido de todos na Varig como Rubinho e que permanece conosco que com ele convivemos, eternamente vivo e presente em qualquer brinde que seja feito nos bares que frequentamos, pois que partiu de repente, como na poesia que coloquei aqui no inicio. E isso tem vinte anos. Como levar paz e confiança a Neria neste início de ano? Posso dizer duas coisas: Primeiro que o processo da DT deverá ser analizado pelo Supremo e pedidos específcos foram feitos a Ministra Relatora, Dra. Carmén Lúcia, em dezembro e agora em janeiro, para encaminhar o mesmo à julgamento. Segundo, que o Juiz responsável pelo caso Aérus, que tem na sua defesa o Dr. Maia, tem conhecimento de nossos pedidos de acolher a demanda de agilidade neste julgamento, feita pelos Ministros do STF, quando negaram a nossa vitória no julgamento da SL mas disseram que acolheriam a decisão da 14a Vara da Justiça Federal em Brasília. A vitória do Dr. Maia neste julgamento é a nossa vitória. É o que temos Néria. E temos muito. Pois a Justiça dará o seu pronunciamento este ano, quem sabe mais breve do que muitos esperam. E quem sabe este pronunciamento seja favorável aos sofridos ex-funcionários e dependentes do Aerus? Tenha fé. Tenha certeza que o Dr. Maia faz tudo que é possível para a boa solução desta materia. Dispende tempo e saúde nesta causa. E escuta e acolhe com benevolencia as nossas demandas. Compreende tua angustia, que é a de todos nós. Obrigado pelo espaço Dr.Maia. Votos de Paz e Saúde. Sempre. ------------------------------------------------------------------------------- # Roberto Santannaem 03 fev 2011 �s 08:21 Bela mensagem Marcio6067, que conforta não apenas a Néria mas todos que sempre aguardam notícias desse nosso doloroso caso. Obrigado. Dr. Maia, saúde e um bom dia. ------------------------------------------------------------------------------ # Petraem 05 fev 2011 �s 06:01 Bom dia , dr. Maia ! Ainda por conta dos extertores da minha última gripe/virose , continuo sem voz física , só saem da garganta alguns sons estarrecedores , pobre Sophie , quando a chamo ela sai correndo , sem entender o que aconteceu com a voz da sua dona . Mas , isto não me impede de postar um dos poemas mais conhecidos , por conta do filme no qual ele é citado ( 4 casamentos e um funeral ) . Apesar de ser muito triste , não deixa de ser bonito . Tentarei encontrar algo mais alegre até o final do dia , para compensar esta tristeza toda … FUNERAL BLUES (1936) Stop all the clocks, cut off the telephone, Prevent the dog from barking with a juicy bone, Silence the pianos and with muffled drum Bring out the coffin, let the mourners come. Let aeroplanes circle moaning overhead Scribbling on the sky the message He Is Dead, Put crêpe bows round the white necks of the public doves, Let the traffic policemen wear black cotton gloves. He was my North, my South, my East and West, My working week and my Sunday rest, My noon, my midnight, my talk, my song; I thought that love would last for ever: I was wrong. The stars are not wanted now: put out every one; Pack up the moon and dismantle the sun; Pour away the ocean and sweep up the wood; For nothing now can ever come to any good. W.H. Auden § BLUES FÚNEBRE Parem todos os relógios, desliguem o telefone, Impeçam o cão de latir com um osso enorme, Silenciem os pianos e ao som abafado dos tambores Tragam o caixão, deixem as carpideiras carpir suas dores. Deixem os aviões aos círculos a gemer no céu Rabiscando no ar a mensagem Ele Morreu, Ponham laços crepe nas pombas brancas da nação, Deixem os sinaleiros usar luvas pretas de algodão. Ele era o meu Norte, meu Sul, meu Este e Oeste, Minha semana de trabalho, meu Domingo de festa Meu meio-dia, meia-noite, minha conversa, minha canção; Pensei que o amor ia durar para sempre: foi ilusão. As estrelas já não são necessárias : levem-nas uma a uma; Desmantelem o sol e empacotem a lua; Despejem o oceano e varram a floresta; Porque agora já nada de bom me resta. ———————————————————————————————————– Dr. Maia , por aqui no momento , acaba de nascer um sol glorioso , o mar calminho , um barquinho à vela saindo , e um enorme transatlântico chegando , cheiro de sal,mar e areia , dia de …. rede , aguinha de côco , tertúlias poéticas , encontros amenos . Lhe mando sua dose diária de abraços e beijinhos recheados de saúde , paz e bem querer . ------------------------------------------------------------------------------- O poema é de ....Auden...... --------------------------------------------------------------------------

domingo, 26 de agosto de 2012

Uma Longa Caminhada V

============================================================================ dez 19 2010 ------------------------------------------ AINDA TEM TRABALHO PELA FRENTE----------------------------------------------- Published by Maia under Uncategorized ---------------------------------------- Os tribunais entram em recesso a partir da próxima segunda-feira. O último dia de funcionamento, portanto, foi a última sexta. Haverá um intervalo até a primeira semana de janeiro e no dia 10 tudo retorna ao normal. II Tínhamos a expectativa de julgamento do caso Aerus – a ação civil pública movida para responsabilizar a União – ainda para este ano. Para que isso acontecesse, duas questões seriam necessárias: primeiro, que os réus na ação fossem intimados a responder ao agravo retido que interpusemos contra o despacho do Juiz que negou a perícia técnica. O agravo retido será julgado, no futuro, em conjunto com a apelação. Precisa, no entanto, ser respondido agora. Não houve esse despacho facultando aos réus a resposta. Além disso, era necessário dar vistas aos réus da última documentação que juntamos. Como foi indeferida a realização da perícia, juntamos toda a documentação disponível que dizia respeito ao Aerus. É preciso dar vistas às partes de cada documento novo juntado. III São essas, a rigor, as duas pendências, e que poderiam ter sido resolvidas a tempo de, ao menos, deixar o processo pronto para julgamento. Não foi isso o que ocorreu. A primeira instância da Justiça Federal no DF está abarrotada, e há grande falta de juízes. Há poucos dias estivemos em uma Vara onde o Juiz titular está ausente, a substituta está em licença-maternidade e o substituto da substituta responde apenas por liminares, ou seja, por urgências. Em outras palavras, a seção judiciária do Distrito Federal caminha para a completa inviabilização. Isso é parte do que é chamado “crise do Judiciário”: falta de juízes, de funcionários, de infraestrutura. O resultado é que mesmo aquilo que é urgente acaba atrasando. IV Atrasa, mas não muito. De hoje até a retomada de funcionamento do tribunal são cerca de 20 dias. Ou seja, o processo não vai atrasar um ano só porque virou o ano. Vai atrasar vinte dias, e a partir daí 0 retomaremos os esforços para que aqueles dois prazos sejam abertos e a ação, enfim, possa ser julgada. V Houve um esforço imenso, neste ano, para que o tema avançasse. Temos 3 frentes de luta: a ação civil pública em curso na 14ª Vara Federal que, se julgada favoravelmente garante o retorno imediato do pagamento das aposentadorias e pensões a cargo do Aerus, conforme decidiu o STF na SL -127; há a ação onde a Varig cobra indenização da União, decorrente da defasagem tarifária, e que se encontra pendente de julgamento no STF; e há, por fim, a possibilidade de acordo que vem sendo trabalhada incansavelmente pela Graziella Baggio, do Sindicato Nacional dos Aeronautas. VI O ano Judiciário, portanto, chegou ao fim. Haverá uma pausa de 20 dias. O ano político, no entanto, termina apenas na noite de 31.12. Daí, portanto, que ainda não é hora de descansar. Ainda há vários dias pela frente e ainda há trabalho a ser feito. VII Por fim, que fique claro: é possível atrasar, mas é impossível negar que a União ilegalmente atravessou um contrato entre privados para autorizar que uma das partes o descumprisse. Em 21 oportunidades a União autorizou a quebra de contrato, sob seu risco, entre Varig e Aerus, e em 8 oportunidades autorizou essa quebra entre Transbrasil e Aerus. VIII Quem autorizou a União a atravessar um contrato entre privados e autorizar justamente a parte mais forte a não pagar? A União pode atravessar um contrato entre a loja de sapatos e a fábrica, autorizando a loja a não pagar a fábrica? É a mesma coisa: são entes privados que contrataram livremente. Como pode, então, a União atravessar esse contrato e autorizar seu descumprimento? Pois é. Foi isso o que houve no caso Aerus. IX Daí, portanto, que é possível, e ocorre, o atraso. O atraso no julgamento, no entanto, não torna a situação menos aberrante: as autoridades públicas autorizando a quebra de contrato absolutamente à revelia da lei, sem qualquer autorização legal, ao ponto de inviabilizar um fundo de pensão. Esse é o mérito da questão, essa será a fundamentação da nossa vitória. 18 responses so far ============================================================================ # marcio6067em 20 dez 2010 �s 13:45 Hi Dr. Maia, obrigado. pela clareza e objetividade. Sim, é o que temos e é por isto que lutamos e é o que esperamos. Aproveito para dizer que a Petra, por modestia, não respondeu ao S.G.Pinheiro dizendo que é, tambem, muito bonita. Um abraço, votos de um Natal de Paz e Saúde, para o senhor e para todos. Atenciosamente, Marcio. ----------------------------------------------------------------------------------- # Petraem 20 dez 2010 �s 14:31 Agradeço de coração aos gentis cavalheiros do nosso bolicho . SG Pinheiro , Paizote , Carlos irmão e Márcio definitivamente sabem como colocar o ego de uma alemoa lôra melancólica e tristonha ( por pouco tempo ) de 1:80 ” , nas alturas ” … Obrigada pelas gentis e carinhosas palavras . Engraçado , eu não me vejo tão alegre assim como todos me vêem , adoro dar risadas e fazer os outros rirem , e me incomoda muito ver outros tristes e desesperados e não poder fazer nada para ajudar , aí o meu lado cavalo de boa sagitariana que sou entra em ação e acabo dando coices em quem não têm nada a ver com a história toda … Mas , isto passa tudo rapidinho . O que eu realmente queria fazer , é agradecer a paciência e carinho de dr. Maia por nos permitir externar tudo isto no seu sagrado espaço , nosso porto seguro . E por nos conduzir com tranquilidade pelas águas as vezes revoltas e as vezes de calmaria sem fim nesta nossa travessia chamada Aerus . Amigos queridos e dr. Maia , lhes mando abraços e beijinhos carinhosos recheados de carinho , saúde , amizade e vitórias . P.S. Não esquecendo de dizer para Amaury Guedes que adorei seu verso (?) , poesi a (?) , PREMONIÇÃO !!!!!! ================================================================================== dez 19 2010 ------------------------------------------- PORQUE HOJE É DOMINGO…----------------------------------------- Published by Maia under Uncategorized ---------------------------------- # paizoteem 19 dez 2010 �s 23:12 Anunciei, há alguns dias, que reservaríamos o fim de semana para alguma leitura mais leve, ou que ao menos venha a abençoar o espírito. Segue, então, texto pelo Pinheiro. A partir de agora, aos sábados e domingos passaremos a ter esse espaço. Peço, sempre, que a autoria dos textos seja confirmada. A internet é um território complicado no que se refere a isso. _______________________________ Enviado por: S.G. Pinheiro _______________________________ ” Despedida … ” “Se, por um instante, Deus se esquecesse de que sou uma marionete de trapos e me presenteasse com mais um pedaço de vida,eu aproveitaria esse tempo o mais que pudesse. Possivelmente, não diria tudo o que penso, mas, definitivamente,pensaria tudo que digo. Daria valor as coisas, não por aquilo que valem, mas pelo que significam. Dormiria pouco, sonharia mais, porque entendo que, por cada minuto que fechamos os olhos, perdemos sessenta segundos de luz. Andaria quando os demais se detivessem, acordaria quando os demais dormissem. Se Deus me presenteasse com um pedaço de vida,deitar-me-ia ao sol, deixando descobertos não somente o meu corpo como tambem a minha alma. Aos homens, eu provaria quão equivocados estão ao pensar que deixam de se enamorar quando envelhecem, sem saberem que envelhecem quando deixam de se enamorar. A um menino, eu lhe daria asas e apenas lhe pediria que aprendesse a voar. Aos velhos, ensinaria que a morte não chega com o fim da vida, mas , sim, com o esquecimento. Tantas coisas aprendi com vocês homens…Aprendi que todo mundo quer viver no topo da montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subi-la. Aprendi que, quando um recem nascido aperta com a sua pequena mão, pela primeira vez, o dedo de seu pai, o agarrou para sempre. Aprendi que o um homem só tem direito a olhar o outro de cima para baixo quando o está ajudando a levantar-se. São tantas as coisas que pude aprender com vocês, mas, agora, realmente de pouco me servirão, porque, quando me guardarem dentro dessa caixa infelizmente estarei morrendo. Diga sempre o que sente e faça o que pensa. Você não será recordado pelos seus pensamentos secretos. Peça ao senhor a força e a sabedoria para expressá-los … ” Autoria? 10 responses so far ------------------------------------------------------------------------------ # João Carlos Kleinem 19 dez 2010 �s 20:43 Prezado Dr. Maia…Mais uma vez sensibilizados pela sua Criação,(o espaço,para o alívio,e o deleite do espírito),aos sábados e domingos no seu Blog.Solicitamos as Petras,os Paizotes,os S.G.Pinheiros e tantos outros,criativos,sensíveise de raro bom gosto que nos brindem com suas manifestações…Estamos esperando,já imaginando o que nos reserva,o próximo “Findi”natalino…Desde já agradecemos.Sáude e Paz.Joka Klein. =================================================================================== nov 21 2010 ------------------------------------------------------- “VÍTIMAS DE UM CALOTE”------------------------------------- Published by Maia under Uncategorized --------------------------------- Enviado por: Fernando Galeotti------------------------------------------------ ______________________________________________________________ Vítimas de um calote Autor(es): Agencia o Globo/ Percy Rodrigues O Globo – 21/11/2010 Sob intervenção federal desde 12 de abril de 2006, o Aerus encerrou os planos de pensão da Varig e vem devolvendo precariamente os recursos existentes a crédito dos milhares de ex-assistidos. Porém esses valores são infinitamente inferiores aos do direito adquirido pelos aposentados, finitos e insuficientes para sobrevivência dos prejudicados. Uma das soluções para estender a liquidez dos planos seria o pagamento da ação de indenização por perdas tarifárias devidas à Varig, ganha pelos postulantes em todas as instâncias da Justiça e, hoje, retida nas gavetas do Supremo Tribunal de Justiça para atender ao recurso da Advocacia Geral da União. Do montante da indenização devida, há um valor substancial que seria transferido ao Aerus, para cobertura dos planos interrompidos, de acordo com determinação do juiz Roberto Ayub que patrocinou o processo de recuperação judicial da Varig. Há mais de 4 anos, mais de dez mil aposentados e pensionistas da Varig, que contribuíram durante toda a carreira para garantir as aposentadorias no Aerus, aguardam por uma solução para seus planos de previdência. Assim, aflitos, os milhares de prejudicados acompanham as idas e vindas do processo, hoje travado em Brasília no STJ, depois de decorrido o prazo para negociação proposto pela AGU, a maioria vivendo a expensas de parentes e amigos, alguns falecidos prematuramente em razão do estresse emocional; outros, enfermos, sofrendo de doenças físicas e psicossomáticas sem recursos para tratamento médico. Alguns senadores, engajados na solução do grave problema social, têm se manifestado em plenário a favor dos prejudicados, enfatizando a responsabilidade da União que, reiteradamente, autorizou as patrocinadoras do Aerus a descumprir os contratos voluntariamente firmados. Segundo o representante dos prejudicados que foi a Brasília discutir o assunto, o que dificultou o acordo são disputas em torno dos valores a serem pagos pela União à Varig. O governo alega que a União também tem dinheiro a receber da Varig por impostos não recolhidos pela empresa. Contudo, os sindicatos dos aeronautas e aeroviários obtiveram, na Justiça, uma liminar que obriga a União a assumir a integralidade dos benefícios dos aposentados e pensionistas do Aerus. Filigranas jurídicas à parte, a verdade é que temos um grave problema social a ser resolvido. Com a substituição de dois terços do Senado e mudança do Executivo a partir de janeiro próximo, renascem as esperanças de que os novos legisladores e dirigentes determinem o pagamento do valor devido ao Aerus, estendendo a liquidez do benefício dos milhares de companheiros aeronautas e aeroviários prejudicados. PERCY RODRIGUES é jornalista especializado em transporte aéreo. 20 responses so far --------------------------------------------------

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Uma Longa Caminhada IV

================================================================================ set 21 2010 SOBRE O QUE SERÁ DECIDIDO – I Published by Maia under Uncategorized Até o julgamento do mérito da ação relativa aos participantes do Aerus, publicarei, sob o título acima, pequenos trechos para relembrar o histórico do Instituto. Abaixo, publico o Ofício nº 476/DAJUR/SPC, de 22.03.2004, da Diretoria de Análise e Orientação Jurídica da Secretaria de Previdência Complementar dirigido ao Aerus. Os termos do Ofício são inacreditáveis. Feita mais uma renegociação de dívidas, envolvendo carência, envolvendo financiamento de 15 anos, envolvendo valores que não podiam ser financiados, o contrato foi encaminhado à SPC, ao órgão fiscalizador. Abaixo está a resposta da SPC. Em síntese, entende que a ilegalidade cometida não é problema dela. E simplesmente não se manifesta sobre aquele contrato. _______________________________________________ 1. Referimo-nos ao expediente PR/52/03, datado de 04 de julho de 2003, que submete à apreciação desta Secretaria de Previdência Complementar o Instrumento Particular de Consolidação e Repactuação de Dívida, com Pacto Suspensivo de Exigibilidade, Amortizáveis a Termos Certo e Oferecimento de Garantias, firmado entre Aerus e as patrocinadoras Varig S.A, Varig Participações em Transportes Aéreos S.A e Varig Prestaçao de Serviços Complementares S.A, firmado em 10 de abril de 2003. 2. Trata-se de negociação entre a Patrocinadora e a Entidade, sendo, portanto, considerada como ato de gestão, de responsabilidade dos dirigentes de ambas as partes. 3. À Secretaria de Previdência Complementar cabe atuar como órgão fiscalizador, aplicando, quando for o caso, as penalidades previstas no Decreto nº 4.942, de 30 de dezembro de 2003, visando a proteção do interesse dos participantes e assistidos e a preservação da liquidez, solvência e equilíbrio dos planos de benefícios e das Entidades Fechadas de Previdência Complementar. 34 responses so far ---------------------------------------- # marcio6067em 15 set 2010 �s 18:58 Hi Dr. Maia, venho ao Blog para dois agradecimentos: O primeiro é ao senhor por esta informação. O segundo é à minha amiga Petra pelos sites em “Todos os Serviços” De fato, uma mão na roda. E por Birds on the Wire. Obrigado. Paz e Saúde. Sempre. ================================================================================ ago 04 2010 ---------------------------------------- AERUS – VAMOS A JULGAMENTO-------------------------------------------------------- Published by Maia under Uncategorized -------------------------------------------- Há duas semanas protocolizei no TRF um pedido de convolação do agravo de instrumento relativo à produção de provas em agravo retido. Em outras palavras, ficaria registrada a nossa inconformidade em relação à produção de provas, mas isso só seria julgado no futuro, juntamente com o julgamento de eventual apelação. II Em outras palavras, nos daríamos por satisfeitos temporariamente com as provas que dispomos até agora, e mais algumas que já foram juntadas tão logo o STF julgou a SL-127. No futuro, caso a sentença não seja favorável, poderemos voltar ao assunto, requerer a produção de mais provas, inclusive da perícia atuarial ja requerida. set 14 2010 HORIZONTE AERUS Published by Maia under Uncategorized Conforme amplamente divulgado, foi concedido efeito suspensivo ao agravo da Fundação Rubem Berta contra a decisão que decretou a falência da Varig. A rigor, a falência interessava porque os supostos tributos da União eram empurrados para lugares ao fundo da fila. Isso, portanto, facilitava a hipótese de acordo. Com a suspensão da falência, é provável que essa hipótese volte a hibernar até que o mérito do agravo seja julgado. II Nossa aposta é o julgamento do mérito da ação civil pública. Em poucos dias o processo deverá ser “saneado”, não no sentido absolutamente técnico – que seria o despacho saneador – mas em um sentido mais amplo, o de resolver pequenas questões, abrir prazo para que os réus apresentem sua resposta ao agravo retido. Tão logo isso ocorra, o processo deve ser encaminhado ao Ministério Público, para parecer e, a seguir, deverá seguir para sentença. A sentença é prioritária porque essa ação se encontra na chamada “Meta 2″ fixada pelo Conselho Nacional de Justiça. Tem prioridade absoluta para tramitação e sentença. III A grande aposta é, sem dúvida, o mérito da ação civil pública. É esse o caminho, é essa a grande esperança. Nessa ação, a União é responsabilizada pelos descalabros que autorizou no Aerus. Foi a União quem autorizou o calote anual; foi a União que aprovou a devolução parcelada da apropriação indébita – o valor descontado em folha de pagamento dos trabalhadores e que não era repassado ao Aerus. A União, o Estado brasileiro, autorizou que o criminoso financiasse a devolução do produto do seu crime. E, para tanto, concedeu carência de 10 anos e mais 15 para pagamento. IV O Judiciário, a 14ª Vara Federal de Brasília, é que nos dirá se isso é legal ou se é ilegal. Se a União pode coonestar o crime; se a União pode autorizar que o fruto do crime seja devolvido com 10 anos de carência e 15 de financiamento. Esse será o resultado da ação, esse será o julgamento a ocorrer na 14ª Federal de Brasília. 46 responses so far set 09 2010 AINDA SOBRE A REELEIÇÃO DO SENADOR Published by Maia under Uncategorized Fiz uma limpa em comentários que, em meu entendimento, prejudicavam a bandeira de reeleição do III Para que o julgamento possa acontecer, basta o Desembargador Federal Doutor Moreira Alves, do TRF da 1ª Região, aprovar o requerimento de convolação do agravo de instrumento em agravo retido. Tão logo interpus o agravo de instrumento, a propósito, a União atravessou petição requerendo exatamente isso, que o agravo de instrumento fosse transformado em agravo retido. Assim que aprovada a convolação pelo desembargador, o Juiz Federal da 14ª Vara deve abrir prazo para respostas ao agravo e memoriais finais. Por fim, os autos devem seguir para parecer do Ministério Público e, a seguir, devem ser sentenciados. IV Isso, tudo, sem prejuízo das articulações políticas que vêm sendo feitas. 54 responses so far ------------------------------------------------------------------- VIII Circulou algum texto dizendo que o Brasil paga 200 bilhões ao ano de juros da divida interna? Que esse valor só atinge essa altura porque o Banco Central tem a opção ideológica de favorecer os bancos, de drenar recursos públicos para os bancos? Algum email menciona que o orçamento do bolsa família é de apenas 10 bilhões ao ano, ou seja, 5% do que é gasto irresponsavelmente em juros da dívida pública? Claro que não. O que causa revolta, escândalo, é o dinheiro para os que foram jogados para a animalidade. Quando é para os clubes nos jardins, não há email, não há revolta. 13 responses so far ------------------------------------------------------------------------------ ================================================================================== --------------------------------------------------------------------------------- ago 20 2010 -------------------------------------------------------------------------------- Calma…------------------------------------------------------------------------ Published by Maia under Uncategorized ------------------------------------------- Estou fora de Brasília. Retornarei à noite e comentarei sobre a falência. A notícia não é ruim. Pior é deixar a inércia e o marasmo matando os que já sofrem. 7 responses so far ==================================================================================== 20 ago 2010----------------------------------- A NOTÍCIA É BOA ---------------------------------------------------------------- --------- Published by Maia under Uncategorized ------------------------------------------ A notícia da decretação da falência boa. Inferno é o que estava sendo suportado até agora: nada acontecia, nem o julgamento da defasagem tarifária, nem evoluía a proposta de acordo com o governo. II Em vários momentos as autoridades do governo referiam que a não decretação da falência era um empecilho ao desenvolvimento congruente de qualquer proposta. A rigor, entendiam que o fato de estar a empresa em recuperação judicial dificultava a construção da saída negocial. III Do ponto de vista da direção política, portanto, entende que é possível aprofundar a construção do acordo. Na área jurídica, de outra parte, também a situação passa a ficar mais clara. Agora, é a vez do rateio e realização efetiva do ativo econômico-financeiro da massa falida. IV De outra parte, nesta última semana foi publicada a decisão do Desembargador Federal que aceitou a convolação – já que todos gostaram da palavra – do agravo de instrumento em retido. A rigor, em pouco tempo – pouquíssimo, mesmo – é possível que tenhamos o julgamento da ação civil pública na 14ª Vara Federal. V A decretação da falência não foi ruim. Ao contrário, já estava efetivamente falida, faltando apenas quem removesse o cadáver da sala. Agora, decretada formalmente a falência, as coisas tomarão seu rumo. O terrível era a situação como estava: falida de fato, mas os credores fazendo de conta que acreditavam na recuperação. Por último, o Aerus se mantém como credor absolutamente privilegiado. VI A notícia, portanto, não é ruim. Ao contrário, abrem-se várias portas e se assume publicamente que o primeiro grande caso de recuperação judicial no Brasil, com toda a lesão imposta aos trabalhadores e aposentados, foi um gigantesco fracasso. E esse fracasso deve ficar evidente, à luz de todos, para que as autoridades ajam com mais seriedade ao tratar dos interesses de trabalhadores e aposentados. --------------------------------------------------------------------------------- Diversos comentarios. Alguns tiveream resposta e esclarecimentos do Dr. Maia--- -------------------------------------------------------------------------------- =============================================================================== jul 15 2011 NOTA DO SNA – AUDIÊNCIA COM O MINISTRO DA JUSTIÇA Published by Maia under Uncategorized A diretora de Previdência do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Graziella Baggio, foi recebida em audiência, nesta quarta-feira (13/7), pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Dr. Castagna Maia, a diretora Graziella Baggio e o senador Paulo Paim em audiência com o ministro da Justiça. O objetivo da reunião, realizada em Brasília, foi pedir o apoio do ministro à causa dos aposentados e pensionistas do Aerus e Aeros. Os sindicatos cutistas e a Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac/CUT) vêm há anos buscando um acordo definitivo com o governo, através da Advocacia Geral da União (AGU), a fim de garantir a integralidade do pagamento das pensões e aposentadorias dos participantes dos fundos. O senador Paulo Paim (PT-RS) participou da audiência, a convite dos trabalhadores, mais uma vez demonstrando seu empenho em busca de uma solução para os aposentados do Aerus. Paim é autor do projeto de lei 147/10, que autoriza a União a indenizar os beneficiários do Aerus, e tem dado um grande apoio à causa, no Congresso e junto ao governo, ao longo dos últimos anos. Graziella Baggio, o senador Paim e o assessor jurídico previdenciário do SNA, durante a audiência, que durou mais de uma hora, relataram ao ministro as ações das entidades sindicais e parlamentares, e repassaram as informações sobre os processos que tramitam na Justiça em defesa dos aposentados e pensionistas da Varig, Vasp e Transbrasil. O ministro José Eduardo Cardozo demonstrou sensibilidade e comprometeu-se a discutir o assunto com a equipe econômica e demais ministros, além de encaminhar o tema junto à presidenta da República, Dilma Rousseff, em prol de um acordo com a União que garanta as pensões e aposentadorias dos participantes do Aerus. A sindicalista e o assessor também puderam conversar com o ministro sobre as propostas de acordo encaminhadas à AGU, em 2009. As propostas foram bem recebidas por Cardozo. As alternativas dos aposentados e pensionistas do Aerus que vêm sendo travadas na Justiça são as ações no Supremo Tribunal Federal (STF) e na 14º Vara da Justiça Federal do DF, e a ação da terceira fonte. No STF, as entidades sindicais lutam para agilizar o julgamento de recurso na ação de defasagem tarifária da Varig contra a União, na qual o Aerus é credor prioritário para o recebimento dos recursos oriundos do processo, que está sob relatoria da ministra Cármen Lúcia. Na 14º Vara, as entidades esperam agilidade no despacho do juiz responsável pela Ação Civil Pública que responsabiliza a União a integralizar as aposentadorias e pensões dos participantes do Aerus. Nesta quinta-feira (14/7), o processo foi reencaminhado à AGU, que tem quinze dias para apresentar sua manifestação final. O reencaminhamento ocorreu devido à solicitação da AGU de manifestação do juiz Dr. Jamil sobre uma petição anterior que aguardava despacho do magistrado. Após este prazo, o processo deverá ser encaminhado ao Ministério Público, para manifestação, por um prazo que será deferido pelo próprio juiz, para em seguida ser sentenciado, caso não seja protocolada mais nenhuma petição, ou carta aberta, que venha a atrasar ainda mais a decisão. As entidades sindicais dos trabalhadores buscam garantir os direitos dos aposentados e pensionistas do Aerus/Aeros, assim como o pagamento dos créditos trabalhistas dos aeronautas e aeroviários ex-funcionários do grupo Varig. Na audiência com o ministro, Graziella Baggio representou também a Fentac/CUT e foi acompanhada pelo advogado previdenciário das entidades, Dr. Castagna Maia, responsável pelos processos em defesa dos aposentados e pensionistas do Aerus e Aeros. A sindicalista, o assessor jurídico e o senador Paim saíram bastante otimistas com o comprometimento do ministro e consideraram a reunião bastante produtiva. O SNA ressalta a importância de todos os trabalhadores, aposentados e pensionistas manterem-se informados e unidos, atuando de forma coordenada, acreditando na vitória e na justiça. 431 responses so far ------------------------------------------------------------------------------- ============================================================================== jun 21 2011 OUTRO MINUTINHO, POR FAVOR Postado por Maia at 18:00 sob Uncategorized Andei passando um mau pedaço. No tratamento, chegou a vez da radioterapia. Após dez sessões, a dor ficou insuportável. Tive que suspender a rádio naquele momento. E não descia alimento algum, e nem água. Após alguns dias tentando ingerior suplementos alimentares líquidos, não houve jeito: tive que colocar uma sonda nasal para alimentação. A primeira sonda era muito fina, e não durou 24 horas. Entupiu e tique que fazer nova sedação para a colocação da nova sonda. Agora, finalmente, estou sendo alimentando e cessou a perda de peso. Por sorte, havia algum excesso que ajudou bastante neste período. E ontem retornei à radioterapia. Tudo indica que a pior fase já passou, mas me obrigou a alguns dias de estaleiro. O ritmo ainda não está normal por causa da sonda. Mas que fique claro: todo o problema recente diz respeito ao tratamento, não à doença. Não pretendo usar o blog para tratar de questões pessoais, mas precisava agradecer a todos pelos votos de melhora e pelas preces. Em seguidinha as coisas devem voltar ao normal. 97 respostas até o momento 97 Respostas em “OUTRO MINUTINHO, POR FAVOR” ---------------------------------------------------------------------------------- # Petraem 21 jun 2011 �s 18:08 Agora é só melhorar , a tempestade passou !!!! Abraços e beijinho mais que carinhosos . Obrigada pelas suas palavras , ajudou a tirar um peso enorme do meu coração . # paizoteem 21 jun 2011 �s 18:09 Só passei para dizer ao amigo; VOCÊ NÃO ESTA SOZINHO! E para repetir o mesmo comentário feito lá no inicio, continua valendo . Dito isto volto para meu re3tiro. Abraços! paizote em 04 out 2009 �s 21:21 Eu quero, eu preciso , que o sr se cuide. A saúde é mais importante que qualquer “causa”. Estou certo de que logo terá melhoras, e poderá nos dar noticias boas. E quando falo de noticias boas, refiro-me a sua saúde… o resto é o resto. Tudo o que realmente vale alguma coisa …não pode ser pago em dinheiro. Firme! Grande companheiro. Abraços , e sinceros votos de rapido restabelecimento! ------------------------------------------------------------------------- # marcio6067em 22 jun 2011 �s 10:02 Hi Dr. Maia, Obrigado. Faço minha as sábias palavras de Paizote. E compartilho os votos de todos os que aqui se manisfestam. Paz e Saúde. Sempre. =============================================================================== ================================================================================ mai 19 2011 ATUALIZAÇÃO Published by Maia under Uncategorized No caso da ação civil pública envolvendo os participantes do Aerus, requeri fosse aberto prazo para que os réus se manifestassem sobre a farta documentação juntada. Foi aberto o prazo e, tão logo findo, a União foi intimada pessoalmente por seu representante legal. O prazo da União, então, fluiu a partir dali. Em 30.03.2011 consta a devolução dos autos no andamento processual. Em 04.04.2011 consta que houve ordem judicial para abertura de mais um volume no processo, o que costuma ocorrer automaticamente: cada volume comporta cerca de 200 folhas. Desde 04.04.2011 até 17.05.2011, ou seja, 43 dias, os autos aguardaram a abertura de mais um volume. Após várias idas ao Cartório da 14ª Vara Federal, e até mesmo ao gabinete, foi informado que, finalmene, os autos estavam indo para as mãos da MMa. Juíza Federal. Há petição dos autores requerendo a abertura de prazo para alegações finais, aguardando despacho. Anteontem, terça-feira, compareci à 14ª Vara Federal e fui informado de que há poucos minutos o processo havia sido levado à conclusão. No dia seguinte, no entanto, continuava o andamento processual apontando “petição recebida em secretaria”. Hoje, novamente, compareci à 14ª Vara Federal e fui informado de que o processo, finalmente, foi para a mesa da Juíza Federal no dia de hoje. Só que a Juíza Federal viajou e só voltará na segunda-feira. Para fins de atualização. 88 responses so far --------------------------------------------- ========================================================== “O AMOR” 30 de abril 2011 Postado por Maia at 16:39 sob Uncategorized “O AMOR” Maiakovski Um dia, quem sabe, ela, que também gostava de bichos, apareça numa alameda do zôo, sorridente, tal como agora está no retrato sobre a mesa. Ela é tão bela, que, por certo, hão de ressuscitá-la. Vosso Trigésimo Século ultrapassará o exame de mil nadas, que dilaceravam o coração. Então, de todo amor não terminado seremos pagos em inumeráveis noites de estrelas. Ressuscita-me, nem que seja só porque te esperava como um poeta, repelindo o absurdo cotidiano! Ressuscita-me, nem que seja só por isso! Ressuscita-me! Quero viver até o fim o que me cabe! Para que o amor não seja mais escravo de casamentos, concupiscência, salários. Para que, maldizendo os leitos, saltando dos coxins, o amor se vá pelo universo inteiro. Para que o dia, que o sofrimento degrada, não vos seja chorado, mendigado. E que, ao primeiro apelo: - Camaradas! Atenta se volte a terra inteira. Para viver livre dos nichos das casas. Para que doravante a família seja o pai, pelo menos o Universo; a mãe, pelo menos a Terra. 101 respostas até o momento ----------------------------------------------------------- # Petraem 30 abr 2011 �s 17:05 Que pena , meu rei , que este seu sábado não foi de descanso . Como hoje já falei até demais no seu Bolicho , minha contribuição poético – literária se resume a uma única frase ; Amar é mudar a alma de casa. Mário Quintana ———————————————————————————————————— ----------------------------------------------------------- # marcio6067em 30 abr 2011 �s 18:33 Matéria de poesia Manoel de Barros Todas as coisas cujos valorews podem ser disputados no cuspe à distância servem para poesia O homen que possui um pente e uma árvore serve para poesia Terreno de 10 x 20, sujo de mato — os que nele gorjeiam, detritos semoventes, latas servem para poesia Um chevrolé gosmento Coleção de besouros abstêmios O bule de Braque sem boca são bons para poesia As coisas que não levam a nada têm grande importância Cada coisa ordinária é um elemento de estima ….. As coisa sem importância são bens de poesia Pois é assm que um chevrolé gosmento chega ao poema, e as andorinhas de junho. ----------------------------------------------------------- ================================================================================= AUDIÊNCIA PÚBLICA 12.04. Postado por Maia at 23:24 sob Uncategorized Amanhã, 12 de abril, audiência pública no Senado sobre a questão Aerus. 55 respostas até o momento ------------------------------------------------------------ Aqui muitos comentarios. Posso resumir neste de Petra -- # Petraem 15 abr 2011 �s 16:19 SG Pinheiro . O que eu escrevi foi aquilo que eu senti na Audiência Pública . O acordo ( a minha visão ) subiu no telhado , ou melhor , acho que ele sempre esteve lá , nós é que fomos induzidos a acreditar que ele estava ao alcance das nossas mãos , que era uma possibilidade concreta. Cheguei a esta conclusão não pelo que o Dr. Fernando que representava o ministro Adams disse , pois o que ele disse foi exatamente nada , nenhum argumento podia ser aproveitado para explicar o inexplicável . Mas o tom como foram ditos , e a mensagem passada foi clara e límpida : esqueçam o acordo , esta hipótese não existe . Pelo menos foi isto que eu entendi . As desculpas soaram como um escárnio . Mas , ele não teve que esperar muito pela resposta de Graziella , que não deixou passar em branco suas justificativas toscas para justificar o injustificável . Era visível o seu constrangimento e desconforto por estar ali naquela situação . Quando então , mais tarde durante a apresentação de Graziella foram projetadas fotos das nossas participações de todas as passeatas havidas nos últimos 5 anos , e foi dito em alto e em bom som de que muitos daqueles amigos e colegas que apareciam nas fotos já não estavam mais entre nós e a sala inteira emocionada prestou homenagem de 1 minuto de silêncio aos amigos mortos , imagino que ele preferiria tomar i copo de cicuta a continuar lá . Mas permaneceu estóicamente , totalmente encolhido em sua cadeira e ainda nos dando a sugestão magnânima de que na sua visão poderíamos e deveríamos continuar a nossa luta ( esta foi a parte que mais me revoltou ) . Em relação a Defasagem Tarifária , acho que já é algo tão complexo e enrolado que já vem torto e confuso por tanto tempo que difícilmente eu creio que algum coelho ( estamos no período da páscoa …) saia desta toca . Assim , sobrou sómente a competência , habilidade e sagacidade de dr. Maia com a sua ( nossa) ação civil pública . Apesar de não gostar da idéia de deixar todas as nossas esperanças nas suas costas , acho que é um fardo pesado demais para só uma pessoa carregar . Por isto acredito que possam acontecer aberturas de portas com as quais nem contamos , Graziella não deixa barato e movimentações para que novas portas se abram lá em BSB não faltaram . Ou seja , continue com seu mantra SG Pinheiro , eu acredito nele . Só recomendo colocar as lagostas novamente numa prateleira mais acima do freezer para que não estraguem até junho … Vai um beijinho musical na voz de Phil Collins ; http://www.youtube.com/watch?v=Uk0wOYQ4F8s&feature=related Beijinhos carinhosos . ======================================================================= =========================================================== mar 19 2011 “O MITO” Published by Maia under Uncategorized “O MITO” Carlos Drummond de Andrade Sequer conheço Fulana, vejo Fulana tão curto, Fulana jamais me vê, mas como eu amo Fulana. Amarei mesmo Fulana? ou é ilusão de sexo? Talvez a linha do busto, da perna, talvez do ombro. Amo Fulana tão forte, amo Fulana tão dor, que todo me despedaço e choro, menino, choro. Mas Fulana vai se rindo… Vejam Fulana dançando. No esporte ela está sozinha. No bar, quão acompanhada. E Fulana diz mistérios, diz marxismo, rimmel, gás. Fulana me bombardeia, no entanto sequer me vê. E sequer nos compreendemos. É dama de alta fidúcia, tem latifúndios, iates, sustenta cinco mil pobres. Menos eu, que de orgulhoso me basto pensando nela. Pensando com unha, plasma, fúria, gilete, desânimo. Amor tão disparatado. Desbaratado é que é… Nunca a sentei no meu colo nem vi pela fechadura. Mas eu sei quanto me custa manter esse gelo digno, essa indiferença gaia e não gritar: Vem, Fulana! Como deixar de invadir sua casa de mil fechos e sua veste arrancando mostrá-la depois ao povo tal como é ou deve ser: branca, intata, neutra, rara, feita de pedra translúcida, de ausência e ruivos ornatos. Mas como será Fulana, digamos, no seu banheiro? Só de pensar em seu corpo o meu se punge… Pois sim. Porque preciso do corpo para mendigar Fulana, rogar-lhe que pise em mim. Que me maltrate… Assim não. Mas Fulana será gente? Estará somente em ópera? Será figura de livro? Será bicho? Saberei? Não saberei! Só pegando, pedindo: Dona, desculpe… O seu vestido esconde algo? tem coxas reais? cintura? Fulana às vezes existe demais: até me apavora. Vou sozinho pela rua, eis que Fulana me roça. Olho: não tem mais Fulana. Povo se rindo de mim. (Na curva do seu sapato o calcanhar rosa e puro.) E eu insonte, pervagando, em ruas de peixe e lágrima. Aos operários: A vistes? Não, dizem os operários. Aos boiadeiros: A vistes? Dizem não os boiadeiros. Acaso a vistes, doutores? Mas eles respondem: não. Pois é possível? pergunto aos jornais: todos calados. Não sabemos se Fulana passou. De nada sabemos. E são onze horas da noite, são onze rodas de chope, onze vezes dei a volta de minha sede: e Fulana talvez dance no cassino ou, e será mais provável, talvez beije no Leblon, talvez se banhe na Cólquida; talvez se pinte no espelho do táxi; talvez aplauda certa peça miserável num teatro barroco e louco; talvez cruze a perna e beba, talvez corte figurinhas, talvez fume de piteira, talvez ria, talvez minta. Esse insuportável risco de Fulana de mil dentes (anúncio de dentrifício) é faca me escavacando. Me ponho a correr na praia. Venha o mar! Venham cações! Que o farol me denuncie! Que a fortaleza me ataque! Quero morrer sufocado, quero das mortes a hedionda, quero voltar repelido pela salsugem do largo, já sem cabeça e sem perna, à porta do apartamento, para feder: de propósito, somente para Fulana. E Fulana apelará para os frascos de perfume. Abre-os todos: mas de todos eu salto, e ofendo, e sujo. E Fulana correrá (nem se cobriu: vai chispando), talvez se atire lá do alto. Seu grito é: socorro! e deus. Mas não quero nada disso. Para que chatear Fulana? Pancada na sua nuca na minha é que vai doer. E daí não sou criança. Fulana estuda meu rosto. Coitado: de raça branca. Tadinho: tinha gravata. Já morto, me quererá? Esconjuro, se é necrófila Fulana é vida, ama as flores as artérias e as debêntures. Sei que jamais me perdoará matar-me para servi-la. Fulana quer homens fortes, couraçados, invasores. Fulana é toda dinâmica, tem um motor na barriga. Suas unhas são elétricas, seus beijos refrigerados, desinfetados, gravados em máquina multilite. Fulana, como é sadia! Os enfermos somos nós. Sou eu, o poeta precário que fez de Fulana um mito, nutrindo-me de Petrarca, Ronsard, Camões e Capim; que a sei embebida em leite, carne, tomate, ginástica, e lhe colo metafísicas, enigmas, causas primeiras. Mas, se tentasse construir outra Fulana que não essa de burguês sorriso e de tão burro esplendor? Mudo-lhe o nome: recorto-lhe um traje de transparência; já perde a carência humana; e bato-a, de tirar sangue. E lhe dou todas as faces de meu sonho que especula; e abolimos a cidade já sem peso e nitidez. E vadeamos a ciência, mar de hipóteses. A lua fica sendo nosso esquema de um território mais justo. E colocamos os dados de um mundo sem classe e imposto; e nesse mundo instalamos os nossos irmãos vingados: E nessa fase gloriosa, de contradições extintas, eu e Fulana, abrasados, queremos… que mais queremos? E digo a Fulana: Amiga afinal nos compreendemos. Já não sofro, já não brilhas, mas somos a mesma coisa. (uma coisa tão diversa da que pensava que fôssemos.) 16 responses so far --------------------------------------------------------------- # marcio6067em 20 mar 2011 �s 07:38 A Amizade Esta NÃO vem com loucuras Ou mistérios a desvendar Não vem com a onda do Havaí Ou como esportes radicais Esbanjando adrenalina Te tirando deste chão E te falando de amores e paixão Esta vem como o mar do Nordeste Com suas águas quentes De um verde bem lindo Vem como o barulho do riachinho Correndo entre as pedras Como um doce gostoso De surpresa Vem p´ra restaurar o compasso Do coração P´ra lembrar do sorriso inocente das crianças Vem através da música Que só um amigo de verdade Reconhece num outro coração Esta é a amizade A beleza que é capaz de nos acolher E que em momentos mágicos se mostra Na figura de alguém Como um presente E ela me trouxe você Como a estrela mais brilhante De uma noite encantada Obrigada pelo seu carinho Obrigada por me fazer feliz Obrigada por existir Marilena Nascimento ---------------------------------------------------- =============================================================== mar 26 2011 “PAREM AGORA” Published by Maia under Uncategorized Ouranis Parem agora de tocar o aviso de perigo, calem o grito histérico, lamentoso da sirene, e deixem o leme confiado às mãos da tempestade; o mais terrível naufrágio seria nos salvamos! Quê? Novamente voltar a Ítaca com seu tédio, aos pensamentos baratos, às pobres alegrias, à fiel companheira que como aranha vai tecendo o seu fio amoroso em derredor de nossas vidas? Novamente saber como será cada amanhã, não sentir o acicate de nenhum desejo ardente, ver novamente nossos sonhos como frutos pecos sem sol murcharem e caírem podres sobre a terra? Pois já que nos faltou audácia (e há de faltar-nos sempre) de sozinhos abandonar a trilha estreita e plana para, homens livres em meio ao amanhecer do mundo, ir pelas largas estradas, as estradas ignotas, palmilhando o chão à frente com leveza de pássaro; as almas a tremulas como folhagem na brisa, não percamos ao menos a ocasião de ser agora o brinquedo das ondas bravias, aonde quer que nos levem. Tentáculos, poderão arrastar-nos as ondas para as escuras profundezas do mar, mas também num de seus arremessos, erguer-nos tão alto – que com nossa fronte tocaremos os astros! 17 responses so far ------------------------------------------------------------- =================================================================== BOLETIM DO SNA fev 20 2011 Published by Maia under Uncategorized Fonte: Boletim do Sindicato Nacional dos Aeronautas O ano de 2011 começou e o SNA e a Fentac continuam insistindo na busca de um acordo que venha atender aos interesses dos aposentados, pensionistas do grupo Varig, Vasp e Transbrasil, “dos ativos” e do passivo trabalhista. Não desistimos dessa luta! Fomos surpreendidos com o não julgamento do processo dos sindicatos, que está sob os cuidados do Dr. Maia, na 14ª Vara de Brasília, apesar de estar incluído no Projeto Meta 2 (com prioridade de julgamento) em 2010, fato que não ocorreu. Além disso, o juiz da causa foi convocado para o Tribunal e ainda estamos aguardando a indicação oficial do juiz substituto para dar continuidade ao processo, apesar do ultimo movimento do dia 27/01, que abre prazo para os patrocinadores do fundo Aerus se manifestarem, e das ultimas movimentações jurídicas. Enquanto isso, no inicio de 2011 a AGU (Advocacia Geral da União) solicitou e pediu vistas ao processo – recurso na ação de defasagem tarifária – que corre no STF. Esse movimento causou preocupação a muitos, mas é absolutamente normal e pode ser positivo. Precisamos lembrar que muitos fatos jurídicos ocorreram durante o ano de 2010, como, por exemplo, a falência da Varig e movimentos no caso de falência da Transbrasil, que mudaram completamente as prioridades no caso de um acordo. Portanto precisamos nos manter alerta e unidos em um único objetivo que é a solução definitiva. O Aeros, que desde o início da liquidação do plano não distribui mensalmente antecipação de reserva aos seus 330 participantes aposentados e pensionistas, fez mais um rateio de reservas no inicio de 2011. Com relação à ação dos sindicatos referente ao plano Aeros, que também está sob os cuidados do Dr. Maia em Brasília, lamentavelmente a juíza do caso está de licença maternidade até março de 2011 e a falta de juiz substituto não permitiu um maior e melhor desdobramento jurídico da ação. Enfim, as duas ações têm tido todo o acompanhamento jurídico necessário. Por estas e outras, os sindicatos insistem e buscam convencer e sensibilizar as autoridades da necessidade de um acordo justo para todos. A demora e as dificuldades junto ao Judiciário têm sido um grande desafio e é nossa maior preocupação. Mais do que nunca as entidades sindicais continuam empenhadas e em contato com as autoridades dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário em busca da solução definitiva para todos os participantes. Não podemos esmorecer!!! Fique atento aos boletins do SNA! 20 responses so far ---------------------------------------- # marcio6067em 08 fev 2011 �s 23:13 Hi Dr. Maia, aguardamos o desenrrolar dos acontecimentos. Será um ano longo. Votos de Paz e Saúde Sempre. ================================================================= fev 10 2011 JUÍZA RESPONDE PELA 14ª VARA FEDERAL DE BRASÍLIA Published by Maia under Uncategorized Conforme comentado anteriormente, o Juiz Federal titular da 14ª Vara Federal de Brasília, onde tramita a ação civil pública que beneficia os participantes do Aerus, foi convocado para o TRF. O Dr. Jamil Rosa de Jesus Oliveira, portanto, está atuando como desembargador federal. O Juiz Federal Substituto daquela Vara, segundo a organização adotada, Doutor Roberto Luís Luchi Demo, atua apenas sobre os processos de final ímpar. O processo que originou a conexão da ação civil pública no caso Aerus era de final par e, portanto, de responsabilidade do juiz titular. No dia de ontem, quarta-feira, foi confirmado que a Juíza Federal Doutora Ana Paula Martini Tremarin passará a responder pelos processos que até agora estavam sob a responsabildiade do Dr. Jamil, ou seja, do Juiz Federal titular da 14ª Vara. A partir de agora, portanto, há Juiz Federal destacado para a 14ª Vara, e será o responsável, pelo menos até o mês de agosto, pela condução da ação civil pública do Aerus. Evidentemente, é o primeiro passo para que o processo volte a caminhar. Força e esperança porque as coisas voltaram a andar. 44 responses so far -------------------------------------------------------- =================================================================================== CASO AERUS Published by Maia under Uncategorized Na semana passada houve uma reunião importante, envolvendo a Graziella Baggio e o Ministro Gilberto Carvalho. Não publiquei naquele momento porque não sabia se era ou não matéria divulgável ou se o tema era confidencial. Por via das dúvidas, como faço sempre, silenciei. Após, houve nota do Sindicato Nacional dos Aeronautas dando publicidade ao tema. O assunto caminhou, vem sendo tratado na ante-sala do gabinete da Presidenta da República. Isso é muita coisa. É momento de ter esperança. II De outra parte, acabamos passando um aperto, que também não divulguei por motivo óbvios. Havia necessidade de dar vistas da documentação que juntamos na ação civil pública do caso Aerus. Saiu o despacho, dando dez dias sucessivos para os réus. E aí nessa expressão estava o problema: como são mais de vinte réus, significa 10 dias para o primeiro, e mais dez para o segundo, e assim até o último. Ou seja, daria mais de 220 dias. Peticionei, ainda na semana passada, explicando essa situação. O processo foi imediatamente despachado pela nova Juíza Federal que está respondendo pela 21ª Vara Federal de Brasília, Doutora Ana Paula Martini Tremarin, que fixou prazo comum de 30 dias para os réus. Absolutamente razoável, mas importante porque o processo não só volto a andar, como voltou pelo caminho certo. 58 responses so far ------------------------------------------------------- # marcio6067em 23 fev 2011 �s 14:23 Hi dr. Maia, não caberia vir ao vosso Blog pela diferença do que achei ser a Vara Federal de responsabilidade da Doutora Ana Paula Martini Tremarin – 14a Vara – visto que o que interessa é que a ilustre Dourora julgará o caso Aerus. Mas não podia deixar de agradecer a Petra por sua presença marcante, trazendo varios cronistas como é o caso agora do grande Zuenir, que abre uma cronica com o Robim Willians de “Carpe Dien” e a encerra com o grande poeta pernambucano Carlos Pena Filho ( …Então pintei de azul os meus sapatos, por não poder de azul pintar as ruas…). Todos te devemos mais esta, Petra. Obrigado, votos de Saúde e Paz.Sempre. ----------------------------------------------- # Petraem 23 fev 2011 �s 16:21 Não seja por isso , querido Paizote . Dentro do possível tentarei te manter ” up to date ” de tudo o que ocorrer por aqui . Realmente , a sua é uma voz importante demais para que possamos dispensá-la !!!! Beijinhos carinhosos . Fico contente de ter proporcionado bons momentos ao querido amigo Marcio6067 ao transcrever as crônicas de hoje aqui para o bolicho . Saúde , paz e beijinhos carinhosos , sempre !!!! A música de hoje é em homenagem aos 80 anos de Cauby Peixoto ; http://www.youtube.com/watch?v=WaqXdSUWKfg ------------------------------------------------------------- ================================================================================== 25 fev 2011 ÚLTIMOS DIAS” Published by Maia under Uncategorized Carlos Drummond de Andrade Que a terra há de comer, Mas não coma já. Ainda se mova, para o ofício e a posse. E veja alguns sítios antigos, outros inéditos. Sinta frio, calor, cansaço: para um momento; continue. Descubra em seu movimento forças não sabidas, contatos. O prazer de estender-se; o de enrolar-se, ficar inerte. Prazer de balanço, prazer de vôo. Prazer de ouvir música; sobre o papel deixar que a mão deslize. Irredutível prazer dos olhos; certas cores: como se desfazem, como aderem; certos objetos, diferentes a uma luz nova. Que ainda sinta cheiro de fruta, de terra na chuva, que pegue, que imagine e grave, que lembre. O tempo de conhecer mais algumas pessoas, de aprender como vivem, de ajudá-las. De ver passar este conto: o vento balançando a folha; a sombra da árvore, parada um instate alongando-se com o sol, e desfazendo-se numa sombra maior, de estrada sem trânsito. E de olhar esta folha, se cai. Na queda retê-la. Tão seca, tão morna. Tem na certa um cheiro, particular entre mil. Um desenho, que se produzirá ao infinito, e cada folha é uma diferente. E cada instante é diferente, e cada homem é diferente, e somos todos iguais. No mesmo ventre o escuro inicial, na mesma terra o silêncio global, mas não seja logo. Antes dele outros silêncios penetrem, outras solidões derrubem ou acalentem meu peito; ficar parado em frente desta estátua: é um torso de mil anos, recebe minha visita, prolonga para trás meu sopro, igual a mim na calma, não importa o mármore, completa-me. O tempo de saber que alguns erros caíram, e a raiz da vida ficou mais forte, e os naufrágios não cortaram essa ligação subterrânea entre homens e coisas; que os objetos continuam, e a trepidação incessante não desfigurou o rosto dos homens; que somos todos irmãos, insisto. Em minha falta de recursos para dominar o fim, entrentanto me sinta grande, tamanho de criança, tamanho de torre, tamanho da hora, que se vai acumulando século após século e causa vertigem, tamanho de qualquer João, pois somos todos irmãos. E a tristeza de deixar os irmãos me faça desejar partida menos imediata. Ah, podeis rir também, não da dissolução, mas do fato de alguém resistir-lhe, de outros virem depois, de todos sermos irmãos, no ódio, no amor, na incompreensão e no sublime cotidiano, tudo, mas tudo é nosso irmão. O tempo de despedir-me e contar que não espero outra luz além da que nos envolveu dia após dia, noite em seguida a noite, fraco pavio, pequena amplo fulgurante, facho lanterna, faísca, estrelas reunidas, fogo na mata, sol no mar, mas que essa luz basta, a vida é bastante, que o tempo é boa medida, irmãos, vivamos o tempo. A doença não me intimide, que ela não possa chegar até aquele ponto do homem onde tudo se explica. Uma parte de mim sofre, outra pede amor, outra viaja, outra discute, uma última trabalha, sou todas as comunicações, como posso ser triste? A tristeza não me liquide, mas venha também na noite de chuva, na estrada lamacenta, no bar fechando-se, que lute lealmente com sua presa, e reconheça o dia entrando em explosões de confiança, esquecimento, amor, ao fim da batalha perdida. Este tempo, e não outro, sature a sala, banhe os livros, nos bolsos, nos pratos se insinue: com sórdido ou potente clarão. E todo o mell dos domingos se tire; o diamante dos sábados, a rosa de terça, a luz de quinta, a mágica de horas matinais, que nós mesmos elegemos para nossa pessoal despesa, essa parte secreta de cada um de nós, no tempo. E que a hora esperada não seja vil, manchada de medo, submissão ou cálculo. Bem sei, um elemento de dor rói sua base. Será rígida, sinistra, deserta, mas não a quero negando as outras horas nem as palavras ditas antes com voz firme, os pensamentos maduramente pensados, os atos que atrás de si deixaram situações. Que o riso sem boca não a aterrorize e a sombra da cama calcária não a encha de súplicas, dedos torcidos, lívido suor de remorso. E a matéria se veja acabar: adeus composição que um dia se chamou Carlos Drummond de Andrade. Adeus, minha presença, meu olhar e minas veias grossas, meus sulcos no travesseiro, minha sombra no muro, sinal meu no rosto, olhos míopes, objetos de uso pessoal, idéia de justiça, revolta e sono, adeus, adeus, vida aos outros legada. 33 responses so far --------------------------------------------------------------------------- # marcio6067em 27 fev 2011 �s 08:54 Soneto do Desmantelo Azul Carlos Pena Filho Então pintei de azul os meus sapatos Por não poder de azul pintar as ruas Depois vesti meus gestos insensatos E colori as minhas mãos e as tuas Para extinguir de nós o azul ausente E aprisionar o azul nas coisas gratas Enfim, nós derramamos simplesmente Azul sobre os vestidos e as gravatas E afogados em nós nem nos lembramos Que no excesso que havia em nosso espaço Pudesse haver de azul também cansaço E perdidos no azul nos contemplamos E vimos que entre nascia um sul Vertiginosamente azul: azul. ============================================================================== jan 16 2011 DAS EDIÇÕES ESPECIAIS DOS SÁBADOS Published by Maia under Uncategorized Para quem passa no blog quase ao acaso, ou para quem não viu a explicação anterior. Aos sábados, o blog publica poesia. Uma, talvez mais, o suficiente para provocar quem está lendo a contribuir com a sua nos comentários. É que durante a semana tratamos, de regra, de temas áridos: ou questões que dizem respeito ao Judiciário, a eventual julgamento ou precedente, alguma reflexão sobre a máquina judiciária, ou temas da conjuntura, particularmente políticos. Ou seja, são temas pesados. E ficar apenas nos temas pesados nos desumaniza. É como se o tempo todo provocássemos o mau humor das pessoas. Daí a idéia de, no sábado, publicar algo mais leve, que humanize, que permita aflorar a sensibilidade que, até mesmo por proteção, frequentemente deixamos escondida. Daí a iniciativa. Daí, também, o agradecimento a quem já provocava a iniciativa postando temas que nos humanizam, que nos tiram da aridez. Essas pessoas – digo “esse amigos” – estão dando contribuições com poemas e reflexões que trazem para essa edição dos sábados. Então, a esses amigos meu agradecimento e meu abraço. 11 responses so far --------------------------------------------------------------- ================================================================================ dez 19 2010 AINDA TEM TRABALHO PELA FRENTE Published by Maia under Uncategorized Os tribunais entram em recesso a partir da próxima segunda-feira. O último dia de funcionamento, portanto, foi a última sexta. Haverá um intervalo até a primeira semana de janeiro e no dia 10 tudo retorna ao normal. II Tínhamos a expectativa de julgamento do caso Aerus – a ação civil pública movida para responsabilizar a União – ainda para este ano. Para que isso acontecesse, duas questões seriam necessárias: primeiro, que os réus na ação fossem intimados a responder ao agravo retido que interpusemos contra o despacho do Juiz que negou a perícia técnica. O agravo retido será julgado, no futuro, em conjunto com a apelação. Precisa, no entanto, ser respondido agora. Não houve esse despacho facultando aos réus a resposta. Além disso, era necessário dar vistas aos réus da última documentação que juntamos. Como foi indeferida a realização da perícia, juntamos toda a documentação disponível que dizia respeito ao Aerus. É preciso dar vistas às partes de cada documento novo juntado. III São essas, a rigor, as duas pendências, e que poderiam ter sido resolvidas a tempo de, ao menos, deixar o processo pronto para julgamento. Não foi isso o que ocorreu. A primeira instância da Justiça Federal no DF está abarrotada, e há grande falta de juízes. Há poucos dias estivemos em uma Vara onde o Juiz titular está ausente, a substituta está em licença-maternidade e o substituto da substituta responde apenas por liminares, ou seja, por urgências. Em outras palavras, a seção judiciária do Distrito Federal caminha para a completa inviabilização. Isso é parte do que é chamado “crise do Judiciário”: falta de juízes, de funcionários, de infraestrutura. O resultado é que mesmo aquilo que é urgente acaba atrasando. IV Atrasa, mas não muito. De hoje até a retomada de funcionamento do tribunal são cerca de 20 dias. Ou seja, o processo não vai atrasar um ano só porque virou o ano. Vai atrasar vinte dias, e a partir daí 0 retomaremos os esforços para que aqueles dois prazos sejam abertos e a ação, enfim, possa ser julgada. V Houve um esforço imenso, neste ano, para que o tema avançasse. Temos 3 frentes de luta: a ação civil pública em curso na 14ª Vara Federal que, se julgada favoravelmente garante o retorno imediato do pagamento das aposentadorias e pensões a cargo do Aerus, conforme decidiu o STF na SL -127; há a ação onde a Varig cobra indenização da União, decorrente da defasagem tarifária, e que se encontra pendente de julgamento no STF; e há, por fim, a possibilidade de acordo que vem sendo trabalhada incansavelmente pela Graziella Baggio, do Sindicato Nacional dos Aeronautas. VI O ano Judiciário, portanto, chegou ao fim. Haverá uma pausa de 20 dias. O ano político, no entanto, termina apenas na noite de 31.12. Daí, portanto, que ainda não é hora de descansar. Ainda há vários dias pela frente e ainda há trabalho a ser feito. VII Por fim, que fique claro: é possível atrasar, mas é impossível negar que a União ilegalmente atravessou um contrato entre privados para autorizar que uma das partes o descumprisse. Em 21 oportunidades a União autorizou a quebra de contrato, sob seu risco, entre Varig e Aerus, e em 8 oportunidades autorizou essa quebra entre Transbrasil e Aerus. VIII Quem autorizou a União a atravessar um contrato entre privados e autorizar justamente a parte mais forte a não pagar? A União pode atravessar um contrato entre a loja de sapatos e a fábrica, autorizando a loja a não pagar a fábrica? É a mesma coisa: são entes privados que contrataram livremente. Como pode, então, a União atravessar esse contrato e autorizar seu descumprimento? Pois é. Foi isso o que houve no caso Aerus. IX Daí, portanto, que é possível, e ocorre, o atraso. O atraso no julgamento, no entanto, não torna a situação menos aberrante: as autoridades públicas autorizando a quebra de contrato absolutamente à revelia da lei, sem qualquer autorização legal, ao ponto de inviabilizar um fundo de pensão. Esse é o mérito da questão, essa será a fundamentação da nossa vitória. 18 responses so far ------------------------------------------------------------------- # marcio6067em 20 dez 2010 �s 13:45 Hi Dr. Maia, obrigado. pela clareza e objetividade. Sim, é o que temos e é por isto que lutamos e é o que esperamos. Aproveito para dizer que a Petra, por modestia, não respondeu ao S.G.Pinheiro dizendo que é, tambem, muito bonita. Um abraço, votos de um Natal de Paz e Saúde, para o senhor e para todos. Atenciosamente, Marcio. --------------------------------------------------------------------- ================================================================== ATENÇÂO 2012 O INEXORÁVEL FELIZ ANO NOVO Postado por Maia at 20:12 sob Uncategorized 2011 Foi um ano indomado, rebelde. A quantidade de acontecimentos, de eventos, tragédias que mudaram o mundo foi enorme. Nada indica que 2012 será diferente, nesse aspecto. De bom, tivemos o Brasil a navegar de forma quase altiva no meio da crise. A cotação do dólar ainda está muito alta e a indústria nacional vem sofrendo com isso, e a taxa de juros ainda está castigando a economia e servindo de chamariz ao dinheiro externo especulativo. Por outro lado, aqui, no Brasil, foi um ano de artimanhas. No caso Aerus, vimos o governo acenar o tempo todo com a possibilidade de acordo. Mais uma vez, meias palavras em elevadores, frases entrecortadas, a demonstrar o absoluto sigilo com que o tema estaria sendo tratado ou a molecagem de caráter de quem procurava disseminar boato. O mais curioso: a busca, por gente do governo, de passar mensagens ou recados por pessoas que não detêm mandato, representação formal para falar em nome dos participantes. No ano de 2011, o governo Dilma demonstrou que desconhece previdência, particularmente previdência complementar. Deu o exato, idêntico andamento à previdência de FHC, que foi a mesma do governo Lula. Lamentável, porque em aspectos importantíssimos o governo Dilma se diferenciou, para muito melhor , do governo Lula. Agora, são vitimados os funcionários públicos, aí incluídos, médicos sanitaristas, dentistas da rede pública, juízes. Esse pessoal terá um teto, como o INSS, e a partir daí contribuirá em paridade com o governo para seu fundo. O problema está aí: não há qualquer paridade em relação aos salários da ativa, ou à média dos salários contribuição. Cada parte, funcionário público e governo, pagará até o teto, equivalente ao do INSS; acima disso, o governo se compromete a pagar entre 8 e 8,5% caso o trabalhador contribua com o mesmo montante. Onde está o problema? Nesse sistema, não existe, a rigor, déficit: tão somente ocorre a diminuição da aposentadoria. É nosso interesse, como cidadãos, que o nosso médico, que o fiscal do Ibama, que o fiscal do trabalho, que o juiz não tenham aposentadoria garantida integralmente, mas fiquem na dependência das flutuações de mercado? (flutuações? O que tem havido é desabamento!). Fiquemos por aqui. Este, portanto, foi o ano que enfrentamos. E, graças a Deus, sobrevivemos. Foi um ano doído, de resistência, de perdas, de idas e vindas, de sofrimento. 2012 será um ano melhor. Muito melhor. Não porque os fatores externos se modifiquem — e seguramente vão se modificar, mas porque o que conseguiram fazer até agora foi forjar nossa esperança até o inquebrantável. 2012 será, sem dúvida, muito melhor. Acredite nisso, construa isso a partir do aprendizado que já tivemos. 91 respostas até o momento ----------------------------------------------------------- =============================================================================== 28 responses so far set 11 2011 PRIORIDADE É O JULGAMENTO Published by Maia under Uncategorized Vários emails circulam a propósito de expectativa de acordo no caso Aerus. Essas informações chegam de forma dispersa, frequentemente incompletas. Não há qualquer possibilidade de ser tomada iniciativa de acordo que signifique atraso no julgamento. Nossa prioridade é o julgamento. Se, de um lado, é obrigaão de todos tentar resolver por acordo, de outro temos absolutamente clara a prioridade: julamento o mais breve possível. É o que digo eu, é o que diz o SNA. 18 responses so far ------------------------------------------------------------------ # marcio6067em 12 set 2011 �s 07:53 Hi Dr Maia, está como sempre, perfeito. É o que temos. Tudo o mais são articulações que, apesar de ter a marca do interesse de resolver o problema, fogem do objetivo. O próprio Governo, quando interpelado, sempre respondeu que o assunto estava com a Justiça. Fora disto, dos dois julgamentos- o que tem seu patrocínio na 14a Vara aí em Brasilia, e o da antiga Varig a cargo de seus advogados e que tem como relatora a Exma Ministra Carmén Lúcia no STF, não temos mais nada. E confiamos que seremos vencedores nos dois pleitos. É só. Agradeço a informação. Foi e é um longo aprendizado o que temos vivido. Obrigado por estar conosco. E por este seu Blog. Votos de Saúde e Paz. Sempre. ======================================================================= PEQUENO ATRASO Published by Maia under Uncategorized Na segunda-feira, 12.09, deve ser publicado despacho do Juiz Federal da 14ª Vara de Brasília a respeito do caso Aerus. Por sugestão do Ministério Público, o despacho abrirá prazo para que as partes – os réus – respondam a agravos retidos, o que evitará, no futuro, qualquer alegação de nulidade. II A rigor, portanto, não há novidade. A rigor, é mera faculdade de apresentar respostas a um recurso que somente será analisado após sentença, quando o proceso for para o segundo grau. III Oúnico inconveniente, e que também não chega a trazer problemas insolúveis, é um pequeno atraso, um degrau a mais colocado nessa escadas que às vezes aparente ser infinita. Esse despacho, no entanto, deve atrasar o andamento apenas umas três semanas. Em seguida, apresentadas as respostas, os autos devem serguir à senntença. IV É aguardar com fé, com torcida, com pensamento positivo. Não nos faltam argumentos para vencer a causa. 19 responses so far ----------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------------------ -----------------------------------------------------------------------------------